Tribuna do Interior

Tocantins, Quinta-feira, 28 de março de 2024.
14/11/2017 - 14h58m

Carlesse mobiliza lideranças em abaixo-assinado contra transposição do Rio Tocantins

T1 Noticias 
FOTO: Dicom/AL

O presidente da Assembleia, deputado Mauro Carlesse (PHS) iniciou um abaixo assinado e está colhendo assinaturas de prefeitos, vereadores, dirigentes classistas e lideranças em geral contra o projeto, já aprovado na Câmara Federal, da transposição das águas do Rio Tocantins para o Rio São Francisco e que agora segue para análise e votação no Senado.

 

Carlesse inclusive apresentou projeto na Assembleia sugerindo que as águas dos rios estaduais não sejam utilizadas para transposição para outros Estados. Com isso, o deputado acredita que a transposição das aguas do Rio Tocantins, que devem ser transferidas utilizando o leito do Rio Preto, que está sob o controle do Estado, seja impedida com ações do governo do Tocantins.

 

Nas suas caminhadas pelo estado Carlesse disse que sua posição contra a transposição do rio Tocantins tem encontrado apoio da população tocantinense. "Nós somos solidários com o sofrimento dos nossos irmãos nordestinos causado pela falta d"água na região. No entanto, o Tocantins também já está enfrentando a mesma situação. A seca já afeta nossos rios e causa desabastecimento e prejuízos para agricultura e a pecuária. Vamos buscar, juntos as nossas autoridades outras alternativas que não sacrifiquem a nossa população", afirmou.

 

Entenda

 

O Senado vai discutir a possibilidade de transposição do Rio Tocantins para o Nordeste. O pedido para audiência pública foi aprovado em setembro pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR).

 

Alguns senadores afirmaram que o Rio São Francisco está morrendo e que a vazão do reservatório de Sobradinho, por exemplo, que ajuda a regular o rio, caiu mais pela metade entre 2013 e 2017. Hoje o lago tem pouco mais de 8% da capacidade de armazenamento.

 

O autor do requerimento para discussão da transposição do rio, senador Elmano Férrer (PMDB-PI), defendeu a elaboração de um amplo planejamento de viabilidade. "Entraria a viabilidade técnica, a viabilidade econômica e sobretudo ambiental da possibilidade da transposição das águas do Tocantins. E com isso nós integraríamos aquela bacia amazônica a bacias secas e rios temporários que nós temos no Nordeste", explicou.

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