O fato de a presidente Dilma Rousseff (PT) ter escalado a ministra da Agricultura, senadora Kátia Abreu (PMDB), como interlocutora do PMDB no governo, para a reforma ministerial, em detrimento do vice-presidente Michel Temer, que é presidente da legenda, transformou-se em um dos focos de insatisfação no partido aliado dos petistas. A informação é do jornal O Estado de S.Paulo.
Dirigentes da sigla dizem que ela é "cristã nova" no PMDB â?? ingressou há menos de dois anos no partido â?? e não seria a pessoa adequada para fazer essa negociação. "Se tiver que falar com alguém, que a presidente fale com o Renan [Calheiros, presidente do Senado] ou com o Temer, que é vice-presidente da República e sucessor natural da Dilma", disse um peemedebista. Segundo ele, o discurso da ministra em defesa do governo está cada vez mais distante do entoado pelo partido, afirma o Estadão.
Essa divergência entre Kátia e os principais lÃderes de seu partido teria sido, inclusive, um dos motivos que a impediu de ser a uma possÃvel substituta do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante. Outro motivo foi a resistência dos petistas.