Este sábado (21) parecia outro fim de semana qualquer na pacata cidade de Arraias, sudeste do Tocantins.

Um grupo de amigos militares se divertiam no clube da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB), no centro da cidade, para comemorar o Dia do Soldado, que ocorre no próximo dia 25 de agosto.

Tudo ia bem até que a situação começou a tomar contornos de dramaticidade.

De acordo com as primeiras informações, durante o evento de confraternização, um dos militares, conhecido como Cabo João Fernandes, estava inquieto e chegou a pegar o microfone para falar aos presentes.

Ao microfone, pediu aos amigos que "escutassem bem o que ele tinha a dizer, pois era algo muito importante".

Mas parece que pouca gente deu ouvidos e se interessou para o que ele tinha a dizer e a grande maioria continuou suas atividade e as conversas paralelas.

No entanto, mais tarde, por volta das 19h, o policial militar, em confidências a um amigo, pediu que ele cuidasse da sua filha e de sua mãe.

Depois se levantou e se dirigiu até o seu veículo na intenção de pegar uma arma, o que sugeriu uma possível ação de suicídio.

No momento em que se dirigia ao seu carro, Fernandes foi seguido por outro policial e amigo, o cabo Messias, também pertencente à Companhia da Polícia Militar de Arraias.

Messias teria seguido Fernandes para tentar conversar e impedir a possível ação suicida. Mas não deu tempo.

Fernandes pegou sua arma, apontou para cabeça e atirou. A bala atingiu fatalmente sua cabeça.

O pior é que a tragédia não se abateu apenas sobre a família do cabo Fernandes.

A bala transfixou sua cabeça e acertou em cheio o peito do cabo Messias.

João Fernandes morreu na hora.

Já o cabo Messias teria sido levado, ainda vivo, ao hospital de Arraias, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu.

A tragédia no seio da corporação militar pegou todo mundo de surpresa e deixou a cidade em choque, incrédula e sem entender bem o ocorrido.

Os militares são muito conhecidos em Arraias, cheios de amigos e ainda não se sabe ao certo o que levou o cabo João Fernandes a tomar drástica atitude, e que também levou para a morte o amigo Messias.

A reputação de Fernandes era de uma pessoa de comportamento tranquilo e pacífico.

A Polícia Militar do Tocantins deve abrir um Inquérito Policial Militar para apurar as circunstâncias das mortes dos dois militares.