Apontado pelo prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), e seus aliados
como o responsável pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
306/2017, a "PEC Amastha", o deputado federal Carlos Gaguim
(Podemos) diz que "pode entrar" com uma representação no Ministério
Público contra os secretários de Palmas Adir Gentil (subprefeito da
Região Sul) e Júnior Coimbra (Governo). Isso porque, segundo Gaguim, os
dois estão em horário de expediente da prefeitura "fazendo lobby" para
impedir a aprovação da PEC na Câmara dos Deputados.
"Eles deveriam estar trabalhando pelos interesses de Palmas, não pelos interesses pessoais do prefeito", criticou Gaguim.
A PEC Amastha prevê que apenas brasileiros natos possam preencher os
cargos de senador, governador, vice-governador e o de ministro das
Relações Exteriores.
Nessa terça, a comissão especial votaria o relatório do deputado
Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ), que é favorável à aprovação da PEC.
O documento foi lido, mas um pedido de vista foi feito pelo deputado
federal Tadeu Alencar (PE), do partido de Amastha, o PSB, suspendeu os
trabalhos. Em seguida, o deputado Cícero Almeida (Podemos-AL) solicitou
que a vista fosse em conjunto. O objetivo foi fazer com que o acesso ao
relatório ocorra na própria comissão, sem a retirada do documento,
evitando assim qualquer manobra protelatória.
Conforme Gaguim, Adir e Coimbra passaram o dia articulando para esvaziar a sessão. "Mas não deram conta", afirmou.