Discutir aspectos do planejamento da passagem da Tocha Olímpica pela capital tocantinense no dia 11 de junho deste ano, esse foi o principal objetivo do encontro do governador Marcelo Miranda, do ministro do Esporte, George Hilton, e do secretário de Assuntos federativos da Presidência da República, Olmo Xavier, na manhã desta sexta-feira, 12, na sala de reuniões do Palácio Araguaia. O evento contou com a presença da primeira-dama e deputada federal Dulce Miranda, da vice-governadora Claudia Lelis, e outras autoridades federais e estaduais.

Em sua fala, o governador Marcelo Miranda destacou a contribuição do esporte no sentido de motivar e de agregar diferenças. "A força do esporte é incontestável. Une pessoas, cidades, estados e nações, mesmo que suas forças, partidos políticos ou religiões sejam diferentes. E aqui, no Tocantins, já vivenciamos essa união de cores e diversidades culturais durante a realização dos Primeiros Jogos Mundiais Indígenas", lembrou. 

O governador destacou a importância de o Estado integrar essa equipe que mantém unidas as diversas esferas de governo em torno do propósito de preparar a cidade para receber a Tocha dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. "Com o gesto de repassar o símbolo maior das olimpíadas de 2016, estaremos cumprindo um ritual iniciado na Grécia antiga", enfatizou. 

Na opinião de Marcelo Miranda, a passagem da Tocha Olímpica em Palmas representa a antecipação "da comemoração de um evento que já propaga esperança e boas energias a todos os brasileiros e que a bandeira do esporte continue sendo um dos elementos motivadores da nossa força", disse. Na ocasião, o governador convocou a todos para uma cruzada para o combate ao mosquito Aedes aegypti. "Este sábado será o dia "D" de combate ao mosquito e temos que dar o exemplo por nossas casas", cobrou. 

O ministro do Esporte, George Hilton, explicou que a proposta é nacionalizar os Jogos Olímpicos e a ideia começa com a Tocha Olímpica percorrendo 332 cidades do País. Ele explicou que Palmas será a única cidade onde a Tocha vai ficar o dia inteiro, o que vai permitir realizar uma grande celebração. "A ideia é envolver esporte, turismo, cultura e fazer uma grande festa", explicou.

 Uniformidade 

O secretário de Assuntos Federativos da Presidência da República, Olmo Xavier, explicou que é preciso unificar todas as questões referentes ao planejamento dos jogos. "Temos que ter uma uniformidade em toda parte, principalmente na segurança. Teremos jornalistas de todo o mundo acompanhando e mostrando o que o Estado tem de melhor", destacou. 

Os encontros estão sendo organizados nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal, como parte da preparação para o revezamento da Tocha Olímpica.   

Palmas 

A escolha de Palmas pelo Comitê Organizador dos Jogos foi anunciada em julho de 2015, em Brasília, constando na lista das primeiras 82 cidades que integrarão a jornada da chama Olímpica pelo País.  A Tocha Olímpica vai viajar por todo o Brasil. Serão cerca de 90 dias de revezamento e passagem por mais de 300 cidades brasileiras. 

Na capital tocantinense, serão 155 pessoas que levarão a Tocha Olímpica em revezamento, que se encerrará no dia 5 de agosto de 2016, quando o último condutor da tocha acenderá a Pira Olímpica durante a cerimônia de abertura dos Jogos, no Estádio do Maracanã. Os jogos olímpicos terminarão no dia 21 de agosto. Já as Paralimpíadas serão entre 7 e 18 de setembro.

 Trajeto da Tocha Olímpica 

A Tocha Olímpica será acesa na Grécia e chegará ao Brasil no dia 3 de maio, em Brasília. Da capital federal, ela iniciará um trajeto de 20 mil quilômetros, em comboio rodoviário, pelas cidades brasileiras. Na Amazônia e em parte do Centro-Oeste, o trajeto será por via aérea. A chegada está prevista para 4 de agosto, no Rio de Janeiro, véspera da abertura dos Jogos Olímpicos, no Maracanã. Além de 300 cidades, o comboio vai passar nas 26 capitais estaduais, além do Distrito Federal. 

Os gregos da Antiguidade consideravam o fogo um elemento divino e mantinham chamas perpétuas acesas em frente a seus principais templos, como no santuário de Olímpia, onde aconteciam os Jogos Olímpicos da Antiguidade. A chama era acesa usando os raios do sol, para assegurar sua pureza, e uma skaphia, espécie de espelho côncavo que converge os raios para um ponto específico. Na Era Moderna, essa mesma cerimônia é reproduzida em Olímpia, onde a chama é acesa em frente ao Templo de Hera meses antes do início de cada edição dos Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno.