Tribuna do Interior

Tocantins, Terça-feira, 23 de abril de 2024.
26/04/2017 - 18h22m

Governos do estado e federal encerra discussões sobre gestão de resíduos sólidos

Suene Moraes/Governo do Tocantins 
Aldemar Ribeiro/Governo do Tocantins
Engenheiro Sanitarista, Aurélio Picanço, explicou minuciosamente o Plano estadual de Resíduos Sólidos
Engenheiro Sanitarista, Aurélio Picanço, explicou minuciosamente o Plano estadual de Resíduos Sólidos
  • Secretária Meire Carreira enfatizou que o PERS é um instrumentos que propõe soluções
  • Prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano, destacou desafios enfrentados pelos municípios sobre gestão de resíduos sólidos

A discussão sobre a gestão dos resíduos sólidos no Tocantins foi tema principal da última audiência pública realizada nesta terça-feira, 25, pela Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). A ação, realizada no auditório da Faculdade Católica, em Palmas, contou com a apresentação do Plano Estadual de Resíduos Sólido (PERS-TO), elaborado para nortear, por meio de metas e diretrizes, os municípios tocantinenses para o descarte ambientalmente correto dos rejeitos.

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos orienta que todas as cidades efetuem a triagem dos materiais recicláveis, a compostagem dos resíduos orgânicos domiciliares e que descartem em aterros sanitários licenciados. Com as normativas do PERS, para que todos os municípios possam executar de forma efetiva as orientações que o documento propõe, a solução indicada é a soma de forças entre as prefeituras.

O engenheiro sanitarista Aurélio Picanço, que faz parte da equipe técnica da empresa Ecotécnica, contrata por licitação para a elaboração do PERS-TO, explicou detalhadamente as recomendações que fazem parte da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). "O maior desafio proposto pelo PERS é a necessidade de encarar os resíduos sólidos como responsabilidade compartilhada. Todos os envolvidos devem saber de sua responsabilidade", defendeu.

Um dos desafios, segundo o prefeito de Pedro Afonso e presidente da Associação Tocantinese dos Municípios (ATM), Jairo Mariano, é a viabilidade para os municípios. "A Lei determina várias etapas que devem ser cumpridas e o Plano vem justamente para orientar na aplicabilidade sobre a gestão de resíduos sólidos", explicou o prefeito.

A secretária da Semarh, Meire Carreira, aproveitou a presença da sociedade e dos gestores municipais do entorno de Palmas para enfatizar que as audiências públicas são instrumentos para articular caminhos e soluções na elaboração final do Plano. "Estamos atentos às demandas de cada região. Os desafios são muitos, mas é uma prioridade colocar o Tocantins em rota para que a gestão de resíduos sólidos se cumpra", afirmou.

O público participou ainda das discussões setorias divididas em cinco tipologias: resíduos sólidos urbanos e comerciais; resíduos sólidos agrossilvopastoris e dos resíduos de logística reversa; resíduos sólidos de saúde e de saneamento; resíduos sólidos industriais e de mineração; e resíduos sólidos da construção civil e de transportes.

Situação

Atualmente, dos 139 municípios do Tocantins, somente três possuem aterro sanitário para destinação correta dos rejeitos descartados pela população, que são: Palmas, Gurupi e Araguaína. Outros sete municípios utilizam aterros controlados e o restante ainda faz uso de lixões, conforme diagnosticado pelo Plano Estadual de Resíduos Sólidos.

Plano

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos é uma iniciativa da Semarh, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), em cumprimento à Lei Federal n° 12.305/201, e integra o processo de mudança gradual de atitudes e hábitos na sociedade brasileira, cujo foco vai desde a geração até a disposição final dos resíduos. A versão preliminar pode ser consultada pelo link http://bit.ly/PErsTO

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