Joaquim Levy volta ao Senado para negociar reforma do ICMS
O ministro da Fazenda do Brasil, Joaquim Levy, afirmou que o governo considera ajustes na economia, incluindo a revisão de gastos e do número de ministérios. Ele participa, na manhã desta segunda-feira (7), de encontro com empresários na Espanha.
Levy elogiou a "energia" e a "responsabilidade" do governo de Madri em tomar medidas corretivas. Na Espanha, a austeridade faz parte do debate polÃtico desta década. Ã? plateia indicou que o Brasil seguirá um caminho semelhante e que "é um paÃs de segurança jurÃdica", onde contratos são mantidos, apesar das crises.
Para além da austeridade (que "não existe por si só"), Levy defendeu outras medidas, como o desenvolvimento da infraestrutura do paÃs. Ele citou também impostos indiretos e a simplificação na aquisição de crédito. Em visita de um dia ao paÃs, Levy tenta tranquilizar um público que acompanha de perto as contas brasileiras - o Brasil é hoje o segundo principal destino dos investimentos diretos espanhóis.
O ministro afirmou que, no caso de austeridade, os "custos costumam vir antes dos benefÃcios". Entre os presentes na fala de Levy, organizada pelo jornal "El PaÃs", estavam representantes de empresas como Santander e Telefônica, com importante participação no Brasil.
"As empresas espanholas transmitem ao redor do mundo a confiança na economia brasileira", afirmou Levy, ao lado de Luis de Guindos, ministro espanhol da Economia. "A recuperação é uma questão de meses."
O ministro se reúne com empresários durante o dia e, à tarde, viaja para Paris, onde dá continuidade à sua agenda. Questionado por repórteres se deixará o governo, Levy brincou, antes de deixar o evento: "Estou saindo". Mas ele se referia a deixar o local de sua palestra, e não a pasta. "Tenho uma reunião agora".