A ministra da Agricultura e senadora tocantinense, Kátia Abreu (PMDB), é cotada para assumir o comando da Casa Civil no lugar do petista Aloizio Mercandante. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo o jornal, na reformulação da equipe do Palácio do Planalto em estudo pela presidente Dilma Rousseff, o PT não quer perder a Casa Civil, hoje nas mãos de Mercadante.
Segundo a Folha apurou, o partido da presidente aceita e até estimula a troca de Mercadante, mas quer ver no seu lugar o ministro da Defesa, Jaques Wagner, nome preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Conforme a Folha revelou nessa sexta-feira, 11, Dilma estuda até um nome de fora do PT para ocupar a Casa Civil.
De acordo com o jornal, um nome que é visto com simpatia entre aliados é o da ministra Kátia Abreu. Segundo a Folha, é uma opção que poderia sinalizar um apelo de paz na direção dos peemedebistas.
Oficialmente, o Palácio do Planalto divulgou nota negando com "veemência" que a presidente pretenda trocar Mercadante, mas a Folha diz ter ouvido relato de interlocutores de Dilma em que ela manifestou abertamente sua intenção de ceder às pressões, tanto de peemedebistas como de petistas, e mudar o comando da Casa Civil.
Sem apoio integral
A Folha afirma ainda que, dentro do PMDB, uma ala do partido, ligada ao vice-presidente Michel Temer, acredita que um correligionário no comando da Casa Civil poderia reaproximar os peemedebistas do Palácio do Planalto.
Kátia Abreu, contudo, diz o jornal, não contaria com o apoio integral do partido.
Seu nome como candidata ao posto de Mercadante foi citado durante jantar de governadores do PMDB com Temer, os presidentes do Senado, Renan Calheiros (AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), e os líderes da sigla no Congresso.
Os presentes ponderaram que, embora não seja um quadro tradicional da legenda, a peemedebista é próxima à presidente Dilma, que foi madrinha de seu casamento no início deste ano, e também de Temer.
Kátia seria como um "ombro amigo" para Dilma, que se fortaleceria com alguém de sua confiança por perto.
As resistências internas no próprio PMDB a seu nome e, principalmente, no PT, tornam, porém, seu caminho em direção à Casa Civil complicado. (Com informações do site do jornal Folha de S.Paulo)