Tribuna do Interior

Tocantins, Sábado, 20 de abril de 2024.
19/01/2019 - 22h48m

Moradores de Dianópolis fazem homenagens para relembrar 100 anos de chacina. Nove pessoas da cidade morreram

G1 Tocantins 
Divulgação

Há 100 anos, nove homens foram mortos em Dianópolis, região sudeste do Tocantins, num conflito que ficou conhecido como o Barulho do Duro, Chacina do Duro ou Chacina dos Nove. 

Para relembrar o episódio, moradores fazem, nesta quarta-feira (16), homenagens na praça principal da cidade, onde estão enterradas as vítimas desse confronto.

O evento começou por volta das 7h com a presença de autoridades políticas. Moradores que fazem parte da família dos nove foram homenageados. Uma missa está prevista para às 19h30 desta quarta-feira.

O episódio que aconteceu em dezembro de 1918 e janeiro de 1919 tem como personagem principal o coronel e ex-deputado federal Abílio Wolney, que resistiu a uma investida da polícia durante um confronto. Membros da família do coronel foram presos e feitos reféns. 
Os homens foram amarrados num tronco numa praça no centro da cidade, que na época era chamada de São José do Duro.

Na praça da cidade chamada de "Praça da Capelinha dos Nove" onde houve a chacina há uma placa com os nomes dos homens que são tratados como heróis pelos moradores da cidade. 
Há também uma réplica do tronco onde eles foram torturados e assassinados.

A história rendeu vários livros. Cinco deles são do juiz da comarca de Goiânia, Abílio Wolney Aires Neto, que faz parte da família do ex-deputado federal.

"Esse evento dos 100 anos visa prestar uma homenagem póstuma aos nove que morreram sacrificados. Eram todos compadres, parentes de Abílio Wolney. Alguns deles tinham patentes da Brigada de Cavalaria da Guarda Nacional e foram levados ao matadouro do tronco".
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