O Ministério Público Federal (MPF/TO) ingressou com ação na Justiça para
garantir que ex-alunos da Faculdade para o Desenvolvimento do Sudeste
do Tocantins (Fades) de Dianópolis, recebam seus certificados de
conclusão de curso e diplomas de ensino superior. Além de solicitar que
as empresas e o poder público adotem as medidas necessárias para
expedição dos títulos dos acadêmicos formados na instituição, sob pena
de multa diária de R$ 5 mil; o órgão também pede que os envolvidos sejam
condenados a pagar uma indenização de R$ 5 mil para a cada aluno
lesado, por danos morais. O valor chegaria a mais de R$ 500 mil reais.
Pelo menos 106 acadêmicos dos cursos de Administração, Tecnologia em
Gestão Ambiental e Tecnologia em Gestão de Agronegócios, foram
prejudicados por leis municipais, que repassou a gestão da Faculdade da
administração pública para a iniciativa privada. Atualmente a Fades
existe juridicamente, mas não está em funcionamento.
Ação do MPF
A ação foi protocolada pela Procuradoria da República no município de
Gurupi, no dia 31 de agosto. A Procuradoria relata que em 2011 a
Prefeitura de Dianópolis editou leis para extinguir a Fundação de Ensino
Superior do Sudeste do Tocantins (Festo), entidade pública responsável
por manter a Fades em funcionamento. Em seguida, houve a transferência
da Faculdade para a iniciativa privada.
O problema, segundo o procurador da República, Marcelo José da Silva,
que ingressou com a ação, é que no decurso dessas mudanças não houve
providência da antiga e da nova administração para expedir os diplomas
dos alunos que já haviam concluído as suas graduações.
"O caso é grave. Além dos alunos verem frustradas as suas expectativas
da formação completa em nível superior, e até investirem recursos
financeiros para realizar esse sonho, a não expedição do diploma
impossibilita que os mesmos ingressem efetivamente no mercado de
trabalho", declarou.
O portal não conseguiu contato com o responsável pela instituição para se pronunciar sobre o caso.