Tribuna do Interior

Tocantins, Domingo, 19 de maio de 2024.
06/05/2024 - 17h55m

Caso tio Paulo: aos prantos, sobrinha que levou idoso morto a banco faz apelo em entrevista na TV

História de Carmen Moreira 
Foto: Reprodução, Globoplay
Caso tio Paulo: aos prantos, sobrinha que levou idoso morto a banco faz apelo em entrevista na TV
Caso tio Paulo: aos prantos, sobrinha que levou idoso morto a banco faz apelo em entrevista na TV

O caso aconteceu em meados de abril de 2024, quando funcionários da agência de Bangu do banco Itaú perceberam que o idoso não respondia aos chamados nem deles e nem da sobrinha que segurava sua cabeça e sua mão, com uma caneta para a assinatura do empréstimo.

Em entrevista ao "Fantástico" deste domingo (05), Érika contou que foi ao banco a pedido de Paulo, que antes de ficar debilitado e precisar de uma cadeira de rodas para se locomover, "era independente, andava, tinha uma cabeça boa". Ela explicou ainda que, com o dinheiro, R$ 17 mil, a intenção do tio era fazer uma reforma na casa onde moravam.

"Como você dá um papel para um morto assinar?"

Contrariando as investigações que afirmam que Paulo Roberto Braga já chegou morto ao banco, Érika afirmou durante toda a entrevista que foi Paulo quem pediu para ir ao local e que estava vivo durante todo o trajeto.

"Ele me pediu para sair de casa. Eu segurei a cabeça dele porque eu perguntei se ele preferia assim e ele disse que sim", descreveu a chegada dos dois ao banco, registrada por câmeras de segurança.

Segundo Érika, em nenhum momento ela percebeu que o tio tinha morrido. "Nem eu e nem muita gente percebeu que ele faleceu. Porque como você dá um papel pra um morto assinar? Se elas [funcionárias do banco] tivessem percebido algo, elas não teriam dado", opinou.

"Eu só percebi que ele tinha morrido quando o rapaz do Samu falou", garantiu, citando o serviço de emergência, acionado pelos funcionários do banco ao perceberem que Paulo não respondia aos chamados.

Sobrinha de tio Paulo chora e faz apelo

Denunciada pelo Ministério Público por tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver, Érika de Souza chegou a ficar presa por 16 dias, mas agora responde às acusações em liberdade. Além disso, Érika ainda está sendo investigada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Durante a entrevista, a sobrinha de Paulo Roberto chorou e afirmou que não quer ser vista como "um monstro", como vem sendo taxada. "Eu não sou a pessoa que estão falando que eu sou. Eu não sou esse monstro", disse, aos prantos.

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