Uma organização de São Paulo lançou um site para
a prevenção do suicÃdio. O portal traz informações, mensagens para ajudar
pessoas que estão sofrendo muito e que pensam em suicÃdio.
Há também orientações para quem está preocupado com
alguém, potencialmente suicida; para familiares enlutados ou
para aquelas pessoas que queira ajudar alguém em luto por suicÃdio.
Mas porque este Blog fez este texto?
Em 2010, fizemos uma campanha contra um shopping aqui em BrasÃlia, o
Pátio Brasil, para que os proprietários do estabelecimento fechassem, com
vidro, os vão superiores.
Dali, quase todos os meses, pessoas pulavam do edifÃcio e se matavam.
Publicamos até a carta de um pai, em desabafo, após a morte do filho. O
Ministério Público entrou na jogada e o shopping fechou os espaços.
Desde então, não se teve mais noticias de mortes naquele espaço.
Como a matéria era a mais lida, deixei uma pergunta para os leitores:
Por que você está acessando essa notÃcia?
Muitas das respostas são assustadoras e continuam as nos chegar.
Casos de suicÃdios e polÃticas de prevenção têm que ser tratados como de saúde
pública e não como tabu e fazer de conta que não existe, como faz a grande
imprensa.
Ao ano, quase um milhão de pessoas morrem em decorrência de suicÃdio.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ato está entre as dez causas de
morte mais frequentes em muitos paÃses do mundo. No Brasil, são registradas 10
mil mortes por ano, com uma taxa de 4,8 a cada 100 mil habitantes, em
2008.
Depois destes dados, podemos pensar o suicÃdio como uma questão de saúde
pública?
Especialistas na área de saúde mental defendem que sim. E acreditam que esses
números podem diminuir se aumentarem os debates sobre o assunto. � o que faz a Fiocruz,
por meio de pesquisas, projetos e capacitações.
Profissionais de diversas áreas buscam desmitificar esse tabu e oferecer um
melhor acolhimento a quem busca ajuda no Sistema �nico de Saúde.
Hoje, um especialista nos mandou o endereço no site de ajuda e prevenção,
chamado de
Vita Alere, que pretende ajudar quem precisa.
Ã? mais um espaço de ajuda e que fala abertamente sobre o suicÃdio.
A grande referência mesmo é o CVV, Centro de Valorização da Vida. O CVV - é uma das organizações
não-governamentais (ONG) mais antigas do Brasil.
Fundada em 1962 por um grupo de voluntários, foi reconhecida como entidade de
utilidade pública federal pelo decreto lei nº 73.348 de 20 de dezembro de 1973.
Sua principal iniciativa é o Programa de Apoio Emocional realizado pelo
telefone, chat, e-mil, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos postos do CVV
em todo o paÃs (
veja como acessar o serviço).
Trata-se de um serviço gratuito, oferecido por voluntários que se colocam
disponÃveis à outra pessoa em uma conversa de ajuda e preocupados com os
sentimentos dessa pessoa.