Levantamento realizado pela Associação Tocantinense de MunicÃpios (ATM) e Instituto de Pesquisas, Propaganda e Projetos Econômicos e Sociais (IPEPE), entre os meses de janeiro e fevereiro de 2016, com prefeitos de 60 municÃpios tocantinenses, revela dados preocupantes no âmbito da segurança pública. Pela metodologia utilizada, todas as microrregiões do Estado foram contempladas pelo estudo, incluindo, além das pequenas, as médias e grandes cidades. Pelos dados levantados, 61,67% das cidades pesquisadas não possuem delegados de polÃcia, porém 38,33% dos municÃpios pesquisados possuem delegado de polÃcia. Apesar de 38,33% das delegacias funcionarem em prédios próprios, 35% funcionam em prédios alugados, 10% funcionam em prédios cedidos. Já 15% das cidades pesquisadas não possuem delegacia de polÃcia. Por fim, 1,67% não opinaram. Condições Segundo os dados, 3,33% das delegacias estão enquadradas como muito seguras, ao passo que 21,67% são apenas seguras. Todavia, 28,33% dessas unidades são mais ou menos seguras, 13,33% são inseguras e 13,33% muito inseguras. Por fim, 20% não opinaram ou não souberam opinar. Por conseguinte, o estado de funcionamento das viaturas teve o seguinte resultado: 40% não estão em bom estado de funcionamento, contra 30% que estão em bom estado e 6,67% que disseram que algumas estão em bom estado de funcionamento. Entretanto, 18,33% declararam que nos seus municÃpios não existem viaturas policiais. MunicÃpios ajudam manter a segurança; efetivo policial deficiente nas cidades No que se refere à s ajudas que a municipalidade realiza com a segurança local, cuja responsabilidade é do Estado, 36,67% dos gestores dizem que contribui com combustÃvel, 11,67% com a alimentação de presos, 25% com aluguel do prédio da delegacia, 28,33% com pagamento de funcionários e 31,67% com material de expediente e limpeza. Entretanto, 15% disseram que não ajudam com absolutamente nada. Em relação ao efetivo policial, 66,67% garantem que o efetivo policial do municÃpio é pequeno, contra 18,33% que afirmam ser médio e 13,33% declararam que em seus municÃpios não há efetivo de polÃcia. Por sua vez, não houve respostas para ef etivo policial grande. Foto Divulgação: SSP/TO Crime organizado A pesquisa apontou que na opinião de 56,67% dos respondentes o efetivo policial da sua cidade não está preparada para enfrentar o crime organizado, contra 5% apenas que afirmam que o referido efetivo está preparado. Porém, 26,67% garantem que o efetivo está mais ou menos preparado para enfrentar o crime organizado. Por fim, 11,67% não opinaram. Ainda segundo a pesquisa, só em 2015 houve 28,33% ocorrências de assalto nas agências bancárias nas cidades pesquisadas, 15% de explosões de caixas bancários. Assalto e explosões de caixa (3,33%), assalto e arrombamento (5%); assaltos seguidos de arrombamento e explosões de caixas (25%) e explosões de caixas e arrombamento (1,67%). Finalmente, 16,67% dos municÃpios não houve ocorrência dos delitos citados. Ato contÃnuo foi aferido o Ãndice de assaltos nas agências dos correios em 2015. De acordo com os dados, em 40% dos municÃpios sondados aconteceram assaltos, porém em 56,67% não houve registros do aludido delito. E mais, em 33,33% das agências a prática criminosa aconteceu mais de uma vez no perÃodo de 2015. Foto Divulgação: SSP/TO Drogas Em relação ao consumo de droga, 93,33% dos prefeitos ouvidos declararam que o problema é muito preocupante ou preocupante. Já 3,33% colocaram que o problemaé mais ou menos preocupante e 3,33% que garantem que o problema não é ainda preocupante. Passo seguinte foi questionado os investimentos do governo estadual em segurança pública nos municÃpios. Pelos dados colhidos, 41,67% informaram que o governo estadual tem investido pouco, enquanto 35% responderam que o governo tem investido muito. Para 11, 67% os investimentos estão sendo razoáveis. Já 11,67% não opinaram. Autoridades repercutem os dados da pesquisa Para o presidente da ATM e prefeito de Brasilândia, João EmÃdio, o objetivo da pesquisa foi aferir os dados de uma área que a cada dia preocupa mais as populações das cidades e, a partir daÃ, a entidade colaborar com o governo e as instituições. "Os dados levantados são preocupantes. Vou propor uma audiência em BrasÃlia com a nossa bancada, sugerir que seja marcada uma audiência em conjunto com o ministro da Justiça, a fim de alavancarmos recursos para construção de delegacias nos municÃpios que não há delegacias, bem como no aparelhamento da polÃcia como um todo. Estamos conscientes que o problema não nasceu agora, herança ainda de quando pertencÃamos ao estado de Goiás", declarou. O prefeito de Chapada da Natividade, Djalma Rios, cidade localizada no Sudeste do Estado e que não conta com efetivo de polÃcia, disse que a preocupação é cotidiana com a segurança pública da cidade. "Além dos problemas locais inerentes ao consumo de drogas, por outro lado região garimpeira, a cidade é rota de saÃda para Bahia e BrasÃlia, o que facilita a prática criminosa tanto aqui como na região. No ano de 2015 tivemos assalto numa casa lotérica e não podemos fazer nada, visto que até chegar o socorro da cidade de Natividade, os bandidos já haviam empreendido fuga", desabafou. Já o deputado Nilton Franco (PMDB), que preside a Comissão de Segurança Publica da Assembleia Legislativa, afirmou que vai promover uma reunião com os pares da Casa e propor que os parlamentares destinem recursos de suas emendas para construção de delegacias nas cidades que estão desprovidas de unidades prisionais. "Vou propor uma parceria de trabalho com a ATM, a mais legÃtima entidade municipalista do Estado, com o nosso governador Marcelo Miranda, para encontrarmos saÃda para um problema que é sério e que nos intranqüiliza a cada dia. Vamos destinar recursos das nossas emendas para qualificar e aparelhar a segurança pública nos municÃpios em que o problema é mais delicado" asseverou. Goianyr Barbosa â??Ascom ATM |