Tribuna do Interior

Tocantins, Sexta-feira, 19 de abril de 2024.
14/03/2016 - 22h56m

Preço da cesta básica em Palmas registra queda de 7,8% em fevereiro

Do Portal CT Com informações do Dieese 
Divulgação

Em fevereiro de 2016, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 13 capitais do Brasil e diminuiu em outras 14, conforme resultado da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores altas ocorreram em capitais do Norte: Macapá (8,93%), Belém (8,64%) e Manaus (7,92%). No entanto, Palmas ficou entre as cidades com as maiores retrações, -7,8%, junto com Vitória (-8,45%) e Campo Grande (-6%).

A cesta básica da capital tocantinense acumulou nos dois meses do ano variação de 5,34 %, custando, em fevereiro, R$ 364,49. Com a redução, ela fica em 18º lugar, entre as 27 cidades pesquisadas pelo Dieese. No topo da lista, com a cesta mais cara (R$ 443,40) está São Paulo. A queda do preço do tomate (-38,57%) e do arroz (-1,25%), em Palmas, mais do que compensaram o aumento dos demais produtos. As altas foram registradas no feijão carioquinha (3,03%), óleo de soja (5,10%), açúcar (3,23%), manteiga (3,9%), banana (8,35%), farinha (5,60%), leite integral (1,89%), café em pó (2,38%), pão francês (0,49%) e da carne bovina (0,65).

Foto: Internet
Intensificação da colheita elevou a oferta e diminuiu o preço do tomate; em Palmas, a redução compensou a alta de demais produtos

Custos
São Paulo foi a capital com maior custo da cesta básica (R$ 443,40), seguida de Brasília (R$ 438,69), Manaus (R$ 437,86) e Florianópolis (R$ 430,69). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 331,79), Salvador (R$ 337,84), Maceió (R$ 347,38) e Rio Branco (R$ 349,22). Nos dois primeiros meses de 2016, as maiores variações acumuladas foram observadas em Manaus (19,05%), Aracaju (18,43%), Belém (15,60%) e Fortaleza (13,10%). As menores altas ocorreram em Curitiba (0,25%) e Florianópolis (1,56%). As duas únicas quedas foram anotadas em Porto Alegre (-1,78%) e Campo Grande (-0,15%).

Salário necessário
Com base no total apurado para a cesta mais cara, a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em fevereiro de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.725,01, ou 4,23 vezes mais do que o mínimo de R$ 880. Em janeiro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.795,24, ou 4,31 vezes o piso vigente.

Comportamento dos preços
Em fevereiro, houve predominância de alta em quase todos os produtos da cesta nas capitais do Brasil, com destaque para o óleo de soja, feijão, leite, açúcar e farinha de mandioca, pesquisada nas regiões Norte e Nordeste. O tomate e a batata, coletada na região Centro-Sul, mostraram diminuição na maior parte das cidades. Todas as capitais registraram alta no óleo de soja. As variações oscilaram entre 1,54%, em Manaus e 16,76%, em Macapá.

Houve aumento de preço do feijão em 26 cidades. Para o feijão carioquinha - pesquisado na região Norte, Nordeste, Centro-Oeste e nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo - foram registradas elevações entre 2,73% em Campo Grande e 22,77%, em Aracaju. A exceção foi Belo Horizonte (-3,57%). O feijão preto, pesquisado na região Sul e em Vitória e Rio de Janeiro, apresentou alta em todas as cidades, com destaque para Florianópolis (17,68%), Curitiba (9,62%) e Vitória (8,33%). Com as lavouras prejudicadas pelo clima, houve tanto redução na oferta quanto na qualidade do grão, e o preço do feijão carioquinha seguiu em alta e influenciou também a cotação do feijão preto.

Foto: Internet
Chuvas frequentes e alto custo de produção elevaram preço do leite

O leite teve o preço elevado em 25 capitais, e diminuiu apenas em Boa Vista (-3,75%) e Recife (-0,32%). As maiores altas foram registradas em Aracaju (12,7%), Manaus (2,54%), Florianópolis (2,25%), Porto Velho (2,02%) e Palmas (1,89%). As chuvas frequentes, o alto custo de produção, principalmente dos insumos, elevaram o preço do leite, cuja entressafra inicia-se no fim de março.

Foi verificado aumento do preço do açúcar em 25 capitais, queda em Brasília (-1,63%) e estabilidade em Vitória. As altas foram mais expressivas em Florianópolis (17,31%), Natal (11,46%), Maceió (10,61%), João Pessoa (10,12%) e Boa Vista (10,04%). Parte da produção de cana-de-açúcar foi destinada ao etanol; além disso, as usinas priorizaram a entrega de contratos, o que reduziu a oferta.

A farinha de mandioca, pesquisada nas regiões Norte e Nordeste, aumentou em 14 cidades, diminuiu em Aracaju (-4,22%) e ficou estável em Rio Branco. As maiores altas foram anotadas em Belém (21,18%), Macapá (18,97%) e Manaus (16,89%). Alguns fatores restringiram a oferta da mandioca: retração de parte dos agricultores à espera de melhores preços e clima desfavorável à colheita.

A batata diminuiu em 10 capitais do Centro-Sul onde o produto é pesquisado. A exceção foi Florianópolis, com pequena variação positiva (0,55%). As quedas mais expressivas foram apuradas em Vitória (-22,00%), Campo Grande (-19,96%) e Brasília (-18,12%). As chuvas prejudicaram a qualidade do tubérculo, mas a safra do Paraná, que terminou em janeiro, abasteceu as principais praças de comercialização e houve redução do preço no varejo, na maior parte das capitais.

Após elevação expressiva em janeiro, o preço do tomate apresentou queda em 18 das 27 capitais. As retrações oscilaram entre -43,49% em Vitória e -1,20% em Rio Branco. Nove cidades ainda mostraram elevação de preço, com destaque para Belém (26,35%), Macapá (20,62%) e Fortaleza (15,60%). A intensificação da colheita em algumas regiões elevou a oferta e diminuiu o preço do tomate em quase todas as cidades. (Com informações do Dieese)

© 2015 - Tribuna do Interior - Todos os direitos reservados.
Expediente