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17/12/2015 - 12h26m

PV de Palmas substitui Marcelo por Cláudia Lelis que poderá ser a candidata da base aliada ao paço municipal de Palmas

Do Portal CT 
Divulgação

O diretório metropolitano do Partido Verde (PV) escolheu a vice-governadora Cláudia Lelis como pré-candidata à Prefeitura de Palmas, durante reunião na noite dessa quarta-feira, 16, um dia após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em decisão técnica processual, negar provimento ao Recurso Especial do presidente estadual da Sigla, Marcelo Lelis, contra Acórdão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Dessa forma, Lelis ficará inelegível até 2020.

A decisão da Executiva do PV, de acordo com o presidente municipal da sigla, Deocleciano Gomes, foi tomada para dar continuidade ao projeto de gestão que o PV já vem construído para a Capital. "O pré-candidato natural do PV à Prefeitura de Palmas era o presidente Marcelo Lelis, mas, como houve essa decisão, o grupo se reuniu e, por aclamação, entendemos que o nome que reúne todas as condições para ocupar esse espaço é o da vice-governadora, que vem se destacando politicamente pelo grande trabalho realizado junto ao governo do Estado. Ela trabalha em prol de Palmas há anos, tenho certeza que o PV acertou mais uma vez em fazer essa convocação", avaliou Gomes.

Ainda segundo ele, o partido possui "uma bagagem eleitoral muito grande" em Palmas e tem a obrigação de dar continuidade aos trabalhos que vem fazendo pela Capital, além de construir um projeto de gestão que atenda aos interesses da comunidade. "O PV metropolitano está de parabéns pela decisão de ocupar rapidamente este espaço, estamos motivados para dar sequência ao nosso trabalho ", disse.

Cláudia Lelis também substituiu o marido na vaga de vice-governadora nas eleições estaduais do ano passado. Marcelo foi o nome aprovado em convenção como candidato a vice do governador Marcelo Miranda (PMDB). Mas, também após do TSE, o PV o substituiu por Cláudia.

Entenda
O TSE manteve na noite de terça-feira, 15, a condenação contra o ex-deputado estadual Marcelo Lelis pela prática de abuso de poder econômico, decorrente de gastos excessivos com contratação de cabos eleitorais e combustível na campanha de 2012, quando disputou o Paço da Capital, mas foi derrotado pelo prefeito Carlos Amastha (PSB).

Esta é a terceira derrota na Justiça de Marcelo Lelis neste processo. O pevista foi condenado no dia 14 de agosto de 2013 pelo juiz da 29ª Zona Eleitoral, Marcelo Faccione, atendendo pedido do Ministério Público Eleitoral (MPE). No ano seguinte, mais precisamente em 24 de junho de 2014, o TRE manteve a decisão por 4 votos a 2.

De acordo com a prestação de conta do candidato derrotado, seus gastos foram o dobro do eleito, Carlos Amastha (PSB). Na própria sentença, o juiz Marcelo Faccioni considerou o valor de R$ 8.299.917,43 "exorbitante". Desse total, conforme a própria sentença em primeira instância, R$ 3,8 milhões foram com contratação de mais de 5 mil cabos eleitorais.

A campanha do então candidato do Partido Verde gastou ainda R$ 400 mil apenas em combustível. Em decorrência destes crimes, o candidato derrotado em 2012 teve rejeitado pelo próprio TSE o registro de sua candidatura como vice na chapa de Marcelo Miranda, nas eleições estaduais de 2014.

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