Tribuna do Interior

Tocantins, Sábado, 20 de abril de 2024.
06/01/2016 - 13h25m

RODRIGUES DI SOUSA Comenta: Apesar das dificuldades, o governador Marcelo Miranda ainda poderá ser considerado bom, diante da situação de outros ex

RODRIGUES DI SOUSA 
Rodrigues di Sousa

Muito criticado por sindicatos que representam as diversas categorias de servidores do Estado do Tocantins, desde o início de 2015, quando o governador Marcelo Miranda assumiu o mandato, por não ceder às pressões dos representantes dos servidores, inclusive com greve na polícia civil, depois na educação e agora na saúde. Mesmo assim nosso Estado ainda é privilegiado, porque os servidores ainda recebem seus salários em dia e vários benefícios foram concedidos, mesmo sobre arrocho e pressão por parte da economia estadual, nacional e mundial.

Acontece, é, que os sindicatos e os servidores são incompreensíveis e não olham para trás, para lembrar do rombo que o atual governo encontrou este Estado no início de janeiro do ano passado. Foram quase três bilhões de dívidas, rombos nas contas públicas, desvio de milhões de reais do IGPREV, atraso nos salários e servidores do quadro geral que poucos produz, tendo que contratar servidores comissionados para fazer aquilo que os concursados teria que fazer. Mesmo assim o governador Marcelo Miranda pagou salários atrasados deixado pela gestão anterior, pagando mais de 14 folhas de salários em 2015 e ainda concedeu vários benefícios e promoções aos militares.

Atitudes de alguns sindicatos são mercenárias, porque não tiveram coragem de peitar o velho Siqueira Campos em 2013, quando deixou de pagar as progressões e as data-base e conceder as promoções dos policiais militares. Agora cobram do governo atual o que eles não tiveram coragem de cobrar no passado, mesmo assim o governo de Marcelo Miranda, mesmo com dificuldades reconheceu os direitos dos servidores e concedeu os reajustes das progressões, as data-base e as promoções dos militares e corpos de bombeiros ainda em 2015.

�? lamentável ouvir o bombardeio dos sindicatos, quando o governo resolve optar em pagar o decimo terceiro para os servidores que recebem até quatro salários, afinal eles são a maioria de 2/3 (dois terço) do total de servidores do Estado. Foi uma decisão justa, não foi, mas foi a necessária e mais acertada, porque quem ganha pouco não tem como fazer poupança para pagar as contas e gastar no final de ano, e quem ganha muito pode até viajar sem depender necessariamente do decimo terceiro, a não ser que seja desorganizado financeiramente. E o governador ágil politicamente certo, ao perceber a necessidade dos mais fracos. O dinheiro não dava para pagar todos e os 2/3 que receberam, juntos ganham menos de 30% dos 1/3 que ficaram sem receber o decimo terceiro em dezembro. Afinal é menos doloroso ouvir o choro de 30 do que de 70.

�? bom que se façam em mente, uma viagem pelos estados brasileiros. Em Goiás por exemplo, um Estado industrializados, tem uma arrecadação sete vezes maior que o nosso Tocantins e estar pagando o salário parcelado desde março do ano passado. No Rio de janeiro onde fica a sede da famosa e poderosa Petrobras parcelou o decimo terceiro em oito vezes. No Rio Grande do Sul nem pagou e nem parcelou, Em Santa Catarina da mesma forma que o Rio de Janeiro foi parcelado. Aqui em paraíso o prefeito Moises Avelino parcelou o decimo em cinco vezes e por aí vai.

Falar, e discursar é fácil, difícil é estar no lugar de quem estar a um ano tentando desatar o nó amarrado pelo desmando dos desgovernos de um passado recente e não vi nem um discurso em defesa do Estado pela maioria dos sindicatos.

Voltando a falar em servidores concursados, vale fazer uma ressalva, não podemos generalizar, porque apenas os concursados da saúde, da educação, da polícia militar e poucos do quadro geral produz com eficiência sua função, cumpre com determinação e eficiência seu oficio, cumpre seu horário e obedece seu chefe imediato, não podemos generalizar, mas a maioria não é assim. �? por isso que governadores, prefeitos e outros agentes públicos tem que nomear comissionados para fazer na maioria dos casos o que muitos concursados não o faz. �? por esta razão que o Ministério Público, tribunais de contas e outros órgãos de fiscalização e controle pecam em exigir concursos públicos, porque os Estados brasileiros já tem muito funcionários efetivos, mas não produz o suficiente. Aí os governos, como eu disse anteriormente, tem que nomear servidores para a máquina não parar de funcionar. Essa é a realidade dos fatos.

                                               Rodrigues di Sousa é jornalista, Diretor e Editor Geral do Jornal Tribuna do Interior

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