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Tocantins, quarta-feira, 24 de abril de 2024.
09/06/2016 - 17h08m

Ádria Azevedo, de beneficiária à gestora do Programa Bolsa Família

Cláudio Duarte/Governo do Tocantins 
Governo do Tocantins
Ádria, que saiu de uma condição de vulnerabilidade social para se transformar em uma mulher empoderada!
Ádria, que saiu de uma condição de vulnerabilidade social para se transformar em uma mulher empoderada!

Ádria Dias Azevedo acredita que o Programa Bolsa Família (PBF) pode transformar vidas, e ela tem bons motivos pra pensar assim, pois foi por meio desse benefício que teve a oportunidade de mudar a própria vida. Ádria mora em Aliança do Tocantins, cidade localizada a 163 km da capital Palmas. Aos 20 anos de idade e com uma filha pequena voltou a morar na casa da mãe porque estava sem emprego. Ao ser visitada por um agente de saúde, ela foi orientada a recorrer ao PBF, uma vez que atendia aos critérios de adesão do Programa. 

Concomitante ao primeiro pagamento do PBF, Ádria cursava o ensino médio, e já na conclusão dos estudos conseguiu emprego como professora do ensino fundamental.  A vida a partir desse período teve um novo sentido, na opinião de Ádria, uma vez que, com um pouco mais de dinheiro iniciou um curso numa faculdade particular, abandonando-o com o nascimento da segunda filha, além do término do contrato de trabalho que não foi renovado.  "Foi muito ruim. Cheguei a pensar em desistir de tudo. Mas logo levantei a cabeça e fui correr atrás do prejuízo; era hora de recomeçar, não de desistir", afirma. 

Cor de rosa choque

Instigada pelos desafios, Ádria não desanimou. Percebeu que podia aumentar a renda, para além do valor do benefício que recebia.  Com ousadia e empreendedorismo, começou a vender comida caseira às margens da BR em um pequeno trailler. O cardápio continha frango caipira, buchada, assado de panela, entre outros; comidas simples, mas bem apetitosas, segundo Adrià Azevedo.

Por ser comunicativa e considerar-se competente, foi construindo amizades e não demorou a ter seu esforço reconhecido por clientes e pessoas da comunidade; foi quando recebeu proposta para um novo desafio. 

"Era chegado o momento de agradecer, e a melhor forma de fazer isso era cedendo meu lugar a outra família", disse ela; e não teve dúvidas, solicitou desligamento voluntário do Bolsa família. 

Atualmente, Ádria Dias Azevedo trabalha na Secretaria Municipal de Assistência Social, como gestora do Cadastro ?nico e do Programa Bolsa Família, em Aliança do Tocantins. 

Sua persistência sempre esteve presente e voltou a estudar em uma faculdade de Gurupi, e dessa vez optou por matemática. 

Há três anos teve outra filha, e tem consciência que hoje sua condição social é melhor. Agora, com sua história tenta ajudar outras famílias a acreditarem, assim como ela, que existem caminhos para melhorar a qualidade de suas vidas; alternativas, que com um pouco de esforço, a maioria das vezes dará certo. 

Foi assim com Ádria, que saiu de uma condição de vulnerabilidade social para se transformar em uma mulher empoderada!

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