Tribuna do Interior

Tocantins, Quinta-feira, 18 de abril de 2024.
13/11/2017 - 16h58m

Após prisões da Marcapasso, Sesau traz médico do Rio de Janeiro para operar Hemodinâmica do HGP

Do Portal CT 
Foto: Ascom Sesau/Divulgação
Cardiologista Marcello Senna e o secretário Marcos Musafir durante vistoria à Hemodinâmica do HGP
Cardiologista Marcello Senna e o secretário Marcos Musafir durante vistoria à Hemodinâmica do HGP

Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) afirmou que a Hemodinâmica do Hospital Geral de Palmas (HGP) está em condições de realizar cateterismos e angioplastias de emergência desde esse sábado, 11. O responsável pelos procedimentos é o cardiologista Marcello Senna, que a pasta trouxe do Rio de Janeiro. Os dois únicos médicos que até então operavam o equipamento, Ibsen Suetônio Trindade e Andrés Gustavo Sanches Esteva, foram presos esta semana pela Operação Marcapasso.

Senna é cardiologista membro titular da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI)  e da Latino Americana de Cardiologia Intervencionista (Solaci), além de staff do Instituto Nacional de Cardiologia do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro. Conforme a Sesau, o médico realizará atendimentos de urgência e emergência após avaliação clínica junto às equipes do HGP.

A nota afirma que equipe da Sesau e Senna realizaram nesse sábado vistoria no HGP para assegurar que o aparelho de hemodinâmica, matérias-primas e os equipamentos encontram-se em perfeito funcionamento para oferecer aos usuários do SUS toda a segurança possível.

A secretaria ainda afirmou que  "continua empenhada em busca destes profissionais em todo o país para ofertar o atendimento digno e humanizado aos usuários dos SUS".

Recomendação
O comprometimento do uso da Hemodinâmica pela prisão dos médicos responsáveis preocupou o Ministério Público Federal e o Conselho Regional de Medicina. O MPF chegou expedir recomendação ao Estado para que mantenha a oferta destes procedimentos. A admitiu que as equipes da unidade estão trabalhando "em alerta máximo" e, antes da chegada do médico carioca, anunciou que o Dom Orione, em Araguaína, atenderia casos de urgência.

Prisões
Deflagrada na terça-feira, 7, a Operação Marcapasso cumpriu mandados de prisão contra 11 médicos, mas por meio do pagamento de fiança e adoção de medidas cautelares, Henrique Barsanulfo Furtado; Antônio Fagundes da Costa Júnior; Carlos Alberto Figueiredo Novo; Fábio D"ayala Valva; Genildo Ferreira Nunes; Leandro Richa Valim; Marco Aurelio Vilela Borges de Lima e Silvio Alves da Silva foram liberados. Fernando Motta não foi detido por não residir mais no Brasil, mas nos Estados Unidos, desde abril deste ano.

Na mesma decisão em que transformou a prisão temporária de Ibsen Suetônio e Andrés Gustavo em preventiva para "garantir a conveniência da instrução criminal, a aplicação da lei penal e a ordem pública vitimada pelos delitos perpetrados", o juiz federal substituto da 4ª Vara Federal João Paulo Abe decidiu trocar a detenção provisória de Fernando Mota pela fiança no valor de 40 salários mínimos e por um depoimento em juízo em janeiro do ano que vem, quando está prevista sua volta ao Brasil.

Durante a semana, o Conselho Regional de Medicina do Tocantins (CRM-TO) anunciou que os médicos investigados pela Polícia Federal também deverão responder sindicância.

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