Após a reunião com o governo, ainda em frente à Secretaria de Administração (Secad), os grevistas da saúde em assembleia rejeitaram a proposta do governo. Para a categoria, as medidas contemplam apenas parte das reivindicações. A reaunião com o titular da pasta, Geferson Barros, que estava marcada para o final da tarde dessa quarta-feira, 20, mas foi antecipada para a atender a comissão de greve às 10 horas.
Com apitos, buzinas e faixas os servidores gritavam "boas condições de trabalho contribuem para um serviço mais eficaz do servidor e melhor atendimento a população; exigimos melhores condições de trabalho nos hospitais do estado; governador não rasgue nosso PCCR e pague nossos direitos: Progressão, adicional noturno e insalubridade, o manifesto também foi realizado em frende da Secretaria de Saúde (Sesau).
Proposta do governo
Na reunião o governo propôs pagar dois meses de adicional noturno atrasados na folha de janeiro e manter o pagamento normal do mês. Quanto às outras reivindicações dos servidores só retomaria as negociações após o fim da greve.
Já em relação às condições de trabalho ele definiu a agenda com o secretário de Saúde para segunda-feira, 25, às 14h30, para iniciar as discussões sobre o assunto juntamente com a categoria.
Na ocasião, membros da comissão ressaltaram ao gestor o descaso do governo em relação às condições de trabalho frisando o déficit de material de trabalho, insumos e medicamentos, onde muitas vezes os profissionais fazem "gambiarras" para salvar a vida de pacientes.
O presidente do Sintras, Manoel Pereira de Miranda, informou ao secretário Geferson Barros, que o que a categoria quer é uma proposta que contempla as exigências dos profissionais de saúde. "Queremos uma proposta coerente com as reivindicações dos servidores e que seja cumprida, caso não tenha essa proposta, a greve vai continuar", disse Miranda.
Contraproposta
Sindicalistas em reunião com o secretário Geferson |
Após a reunião com o governo, ainda em frente à Secad, os grevistas em assembleia responderam ao governo afirmando que a greve vai continuar sim, porque a proposta contempla em parte os anseios da classe.
Na ocasião, elaboraram uma contraproposta que será protocolada como resposta para o governo.
O documento frisa que a categoria aceita a proposta referente ao pagamento o adicional noturno atrasado e o agendamento da reunião com o gestor da secretaria estadual de Saúde.
Eles exigem ainda a garantia do pagamento do 13º salário até o dia 30 deste mês.
Além disso, os servidores propõem também a implementação imediata das progressões pendentes, pagamento de uma parcela do acordo firmado com a classe referente à insalubridade, adicional noturno de R$ 4,2 milhões, valorizando no primeiro momento os servidores que anteciparam os valores no Banco do Brasil.
Também consta na contraproposta o pagamento dos plantões extras e produtividade considerando o último mês que foi pago. (Com informações da ascom do Sintras)