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Tocantins, Quinta-feira, 28 de março de 2024.
30/10/2015 - 22h13m

Arraias (TO): Reviravolta no caso do pastor agredido a garrafadas. Religioso estaria bebendo no bar

Por Carlos Alencar, do A1 Noticias 
A1 News

Por Carlos Alencar, 
O caso dramático do Pastor Leidivaldo Pereira de Oliveira, espancado, supostamente sem nenhuma explicação por sete jovens na madrugada de segunda para terça-feira (26), agora toma outro rumo.
De acordo com as informações repassadas por parte de Lília Reinaldo, proprietária do Bar que fica às margens da TO-050, de frente onde aconteceu toda a confusão, a história é diferente da contada pelo pastor. 
Cumprindo com o papel de dar o direito de resposta, o site A1 News entrevistou Lília Reinaldo para saber a sua versão sobre o acontecido. 
Ela informa que não tem a intenção de defender quem quer que seja, mesmo porque acha que os rapazes estão de fato errados.
Mas ao ler a matéria publicada pelo pelo pastor Gutembergue Pimentel nas redes sociais e amplamente divulgada por outros veículos de comunicação, sentiu-se na obrigação de contar o fato conforme realmente aconteceu. 
A história seria completamente diferente do que foi dito anteriormente.
De acordo com a dona do estabelecimento, a história já começa sendo contada de forma equivocada, isso porque, segundo ela, o pastor Leidivaldo esteve no bar, acompanhado de um segundo rapaz, por duas vezes na noite de segunda-feira (26), entre 19h30 e 21h. 
"Isso contesta a versão principal de que ele, o pastor, estava apenas passando em frente ao bar".
Ainda segundo a mulher, o pastor entrou e saiu, mas depois, por volta das 22h30 e 23h30, entrou e permaneceu dentro do bar. 
Em seguida perguntou o preço das cervejas e optou por consumir ali mesmo, no bar, um litrão da bebida. 
Mas antes que a bebida acabasse, chegou uma moça à mesa em que ele estava, sentou-se e conversou com o pastor, juntamente com outro rapaz que o acompanhava.
"Suponho que ela tenha vindo em nome da esposa dele que estava do lado de fora do bar, acompanhada da filha", afirma Lília.
Ainda segundo a dona do bar, em seguida o pastor foi ao balcão, pagou sua despesa e pediu uma segunda cerveja. 
"Agora em lata para ir embora, suponho que nesse momento, ao sair do ambiente, ele tenha ouvido os rapazes assoviarem a sua esposa e a enteada e assim iniciou a briga. Contudo meu esposo e um colega nosso separou e achávamos que tínhamos resolvido tudo".
Ainda de acordo com a dona do bar, essa foi a primeira parte da confusão. 
"Mas quando pensamos que estava tudo resolvido, o pastor não se deu por satisfeito, pegou um bloco e veio para cima dos rapazes. Nesse momento sim, os rapazes revidaram e um deles pegou metade de um bloco e suponho tenha acertado o pastor".
Sobre as informações de que eram sete pessoas a espancar o pastor, Lilia Reinaldo afirma categoricamente que eram apenas três rapazes. 
"Os demais estavam no meio, mas na tentativa de acabar com a confusão e foram eles que não deixaram que o pastor apanhasse mais, e não como ele disse ao afirmar que se livrou dos agressores e fugiu", afirma.
A respeito de fazer ou não alguma coisa para alertar a Polícia Militar, Lilia Reinaldo afirma que tentou ligar para a PM. 
"Eu jamais deixaria que uma coisa dessas acontecesse sem eu tentar ajudar e foi isso que aconteceu, mas o telefone só dava ocupado, e diante de tanto nervosismo desisti de ligar".
A dona do bar diz também que se surpreendeu quando viu as notícias contadas da forma que foram e que se tratava de um pastor, pois de acordo com ela, além do pastor estar consumindo bebida alcoólica, sua esposa e a enteada estavam com vestes comuns, roupas curtas e em nenhum momento se pareciam com pessoas evangélicas. 
"Obviamente isso não justifica o ato de forma alguma, e não quero fazê-lo aqui, mas a verdade tem que ser dita, e ela não foi como falada anteriormente".
Sobre o espancamento cometido pelos rapazes em relação a esposa do pastor, Lilia Reinaldo diz que em nenhum momento viu os rapazes a agredindo. 
"Posso estar errada, mas não vi eles tocarem nela. Ela desmaiou mesmo, mas creio que por causa do nervosismo ao ver o esposo apanhando. Mas eu não os vi tocar nela".
Com texto adaptado do A1 Notícias

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