Com apenas 0,1% dos casos de malária notificados na região Amazônica, o Tocantins reforça sua preocupação de manter a vigilância, a notificação e o tratamento dos casos registrados, fazendo com que a doença fique sob controle em todo o Estado. A Secretaria de Estado da Saúde esclarece que, de janeiro a julho deste ano, foram registrados 58 casos da doença, a maioria deles no extremo-norte do Tocantins.
De acordo com dados da Saúde, até o momento, as cidades de Araguatins, Augustinópolis, Palmas, Guaraà e Pequizeiro tiveram notificação positiva da doença. Segundo levantamento feito pela Secretaria, dos 58 casos registrados, ou seja, 43,1% são "importados", isto é, os pacientes adoeceram em outros estados/paÃses e buscaram atendimento nas cidades tocantinenses. Desde o inÃcio do ano, época dos primeiros casos notificados, o Governo do Tocantins realizou capacitações para todos os profissionais que atuam nas ações de vigilância e controle da malária em Araguatins e outros 23 municÃpios tocantinenses.
Para o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, ao identificar os sintomas da doença, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde imediatamente. O secretário destaca a importância da consciência da população, não apenas em buscar o tratamento, como também em atuar no combate aos focos do mosquito. Marcos Musafir ressalta: "Não há risco de epidemia de malária no Tocantins. Está tudo sob controle, pois contamos com uma equipe capacitada, além do apoio das equipes de saúde dos municÃpios tocantinenses", afirmou.
Os sintomas mais recorrentes da doença são calafrios, febre alta e contÃnua, dores de cabeça e musculares.
Registros
De acordo com o biólogo Marco Aurélio de Oliveira Martins, responsável pelo Programa Estadual de Controle da Malária, dos casos registrados no municÃpio de Araguatins, com 49 notificações, 18 são oriundos de outros estados. "Aquela região é uma transição de biomas, do Cerrado para a Floresta Amazônica. Então, existem condições ambientais e climáticas favoráveis para o aumento do principal vetor da doença, que é o mosquito Anopheles, também conhecido como mosquito prego, o que favorece o risco de transmissão", afirmou. Ainda de acordo com o responsável técnico, desde 2012, o Tocantins não registra nenhum óbito da doença. "Todos os municÃpios tocantinenses possuem condições de realizar o diagnóstico e o tratamento, que é disponibilizado apenas pelo SUS [Sistema Ã?nico de Saúde]", ressaltou.
Prevenção
Até o momento, não existe vacina para combater a malária. A prevenção da doença é realizada por meio da utilização de repelentes à base do composto quÃmico icaridina, camisas de manga longa e calças, além de evitar exposição a ambientes naturais no nascer e no por do sol.
Números da malária no Brasil
Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a maio deste ano, foram registrados no PaÃs 56.918 casos. Deste total, o Tocantins figura em último lugar nos números de confirmações da doença na Região Norte do Brasil, o que corresponde a 0,1% dos casos notificados na região amazônica.
Casos registrados no Tocantins
Em Araguatins, foram 49 casos. Por sua vez, Augustinópolis teve quatro casos; Palmas, com três casos; Pequizeiro, um caso; e GuaraÃ, também com um caso.