Tribuna do Interior

Tocantins, Sexta-feira, 29 de março de 2024.
06/09/2015 - 19h48m

Combinado (TO): jovem faz palestra em escola pública contra o uso do Narguilé

Do Blog Dinomar MIranda 
Foto Blog Dinomar Miranda
O narguilé, também é conhecido como cachimbo d' água ou shisha ou Hookah
O narguilé, também é conhecido como cachimbo d' água ou shisha ou Hookah

O jovem maestro Monicleiton de Jesus Pereira, ativista social, ministrou nesta quinta feira  (03), uma palestra na Escola Estadual Joaquim de Sena, na cidade de Combinado, sudeste do Tocantins.

Monicleiton que é Autor do Projeto "Sou Jovem, Sou Artista" falou dos efeitos e danos para a vida dos jovens que usam Narguilé (cachimbo d" água ou shisha ou Hookah).

O narguilé, também é conhecido como cachimbo d" água ou shisha ou Hookah - é um dispositivo para fumar no qual o tabaco é aquecido e a fumaça gerada passa por um filtro de água antes de ser aspirada pelo fumante, por meio de uma mangueira. 

Por utilizar mecanismos de filtragem, o consumo de narguilé é visto como menos nocivo à saúde. Mas, na verdade, seu uso é mais prejudicial do que o de cigarros. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2005), uma sessão de narguilé dura em média de 20 a 80 minutos, o que corresponde à exposição a todos os componentes tóxicos presentes na fumaça de 100 cigarros.

Estudos associam o uso de narguilé ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença periodontal (da gengiva) e com o baixo peso ao nascer, além de expor seus usuários a de nicotina em concentração que causa dependência.

Após 45 minutos de sessão, o narguilé aumenta os batimentos cardíacos e a concentração de monóxido de carbono expirado. Ocorre também maior exposição a metais pesados, altamente tóxicos e de difícil eliminação, como o cádmio.

Em longo prazo, seu consumo pode causar câncer de pulmão, boca e bexiga, aterosclerose e doença coronariana.

Mas os riscos do uso do narguilé não estão somente relacionados ao tabaco, mas também a doenças infectocontagiosas: compartilhar o bocal entre os usuários pode resultar na transmissão de doenças como herpes, hepatite C e tuberculose.

Dados da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETab) - realizada em 2008 pelo IBGE em parceria com o INCA, - apontaram que o cachimbo de origem oriental tinha, na época, quase 300 mil consumidores no país.

Vale destacar que o narguilé tem uma característica peculiar: um único cachimbo pode ser usado por várias pessoas simultaneamente. Isso reforça o aspecto da socialização, algo muito atraente especialmente para os jovens.

Informações da pesquisa Vigescola evidenciaram a alta prevalência do consumo do narguilé entre escolares de 13 a 15 anos em 2009.

Em São Paulo (SP), 93,3% dos entrevistados que consumiam outros produtos de tabaco fumado, além do cigarro industrializado, declararam usar o narguilé com maior freqüência. 

Em Campo Grande (MS), 87,3% dos estudantes ouvidos disseram preferir o cachimbo oriental. Já em Vitória, o percentual ficou em 66,6%.

O cheiro das essências são usadas como atrativo. Narguilé é um convite para juntar uma roda de amigos e passar o tempo. Apesar de ser um jeito mais "charmoso" de fumar, a diversão de origem indiana é mais danosa para o organismo que o cigarro.

São essas informações que o jovem Monicleiton de Jesus tem repassado a diversos alunos no interior do Tocantins, levando informação e tentando apresentar os riscos a que todos estão expostos.
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