Comissão de �tica expulsa Kátia Abreu do PMDB; decisão já será comunicada ao TRE e ao TSE - Tribuna do Interior

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Tocantins, Sábado, 20 de abril de 2024.
27/11/2017 - 20h36m

Comissão de �tica expulsa Kátia Abreu do PMDB; decisão já será comunicada ao TRE e ao TSE

Do Portal CT 
Portal Benício

A Comissão de Ã?tica e Disciplina do PMDB nacional aprovou na manhã desta quinta-feira, 23, por 6 votos a 0, a expulsão da senadora Kátia Abreu do partido. A parlamentar respondeu a processo disciplinar pelas agressões públicas a membros dos diretórios nacional e regional e autoridades peemedebista, como o governador Marcelo Miranda, o presidente Michel Temer e ministros. Além disso, pelos votos contra a orientação do PMDB no Senado.

A relatora do caso de Kátia na comissão, Rose Rainha, disse ao CT logo após a decisão da comissão que a decisão não precisará passar por aprovação da executiva nacional. "Vamos comunicar o presidente do partido [senador Romero Jucá] e e ele vai oficiar o TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e o TRE [Tribunal Regional Eleitoral] aí do Tocantins", explicou a relatora. Ela disse que Kátia já está expulsa e sua filiação partidária será cancelada.

Desde as eleições de 2014
A crise da senadora tocantinense com o PMDB começou logo após as eleições de 2014. Depois de conseguir a intervenção nacional nos diretórios municipais do Estado para garantir legenda a ela e ao governador Marcelo Miranda para aquelas eleições, Kátia chegou à presidência da comissão interventora da sigla no Tocantins.

Antes da posse, a parlamentar teve uma briga homérica com Marcelo, por não ter sido atendida com as secretarias que exigia, e já se tornou oposição ao novo governo. Num acordo com a executiva nacional, ficou definido que os dois grupos passariam a dividir a executiva regional meio a meio, mas a presidência do PMDB do Tocantins ficou com um marcelista, Derval de Paiva.

Com o recrudescimento da crise do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), Kátia, que era ministra da Agricultura, ficou ao lado da amiga e contra seu agora ex-partido, o PMDB. Atacou líderes nacionais da legenda e se tornou comandante do pelotão de choque de Dilma no Senado. Foi dela que partiu a polêmica proposta de não tirar os direitos políticos da ex-presidente.

Em março do ano passado, o então presidente do diretório do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, ingressou com o primeiro pedido de expulsão de Kátia. Com as tentativas de negociação, o processo seguiu em banho maria. No final do primeiro semestre deste ano, o diretório do Tocantins e a juventude do PMDB apresentaram dois outros pedidos de expulsão, que basearam a decisão desta quinta-feira.

O primeiro passo foi a decisão de 13 de setembro da executiva nacional, também com base em processo na Comissão de �tica, de suspender Kátia das atividades partidárias por 60 dias.

Na Justiça
Diante da possibilidade de ser expulsa da legenda, a tocantinense chegou a ingressar com ação na Justiça do Distrito Federal para suspender o procedimento, entretanto, o pedido liminar foi rejeitado pela 25º Vara Cível de Brasília, e também pela desembargadora Leila Arlanch, do Tribunal de Justiça (TJDF), após a apresentação de agravo de instrumento.

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