A delação premiada do empreiteiro Rossine Aires Guimarães, dono da
construtora Rio Tocantins, com o Ministério Público Federal, está com o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A delação foi revelada em primeira mão pelo blog em junho.
Como o depoimento do empreiteiro cita políticos com foro privilegiado, a
delação precisa passar pela mais alta Corte do Judiciário brasileiro, a
quem cabe a homologação.
Em junho o blog divulgou que Rossini falou por 14 horas, em dois dias,
com os procuradores. O empresário sempre foi um dos grandes "mecenas" da
política estadual e esteve no centro das denúncias envolvendo o
bicheiro Carlinhos Cacheira, em 2012.
Depois apareceu na Operação Ápia, que investiga esquema que fraudava
licitações públicas e execução de contratos celebrados para a
terraplanagem e pavimentação asfáltica em diversas rodovias estaduais.
Com problemas de saúde, ficou em prisão domiciliar com tornozeleira
eletrônica.
Ainda em outubro, uma filha, sócio e funcionários do empreiteiro também
foram alvos da Operação Ápia. Alguns chegaram a ter a prisão preventiva
decretada, mas não ficaram presos.
Ele também foi alvo da Operação Reis do Gado, que investigou um esquema de fraudes em contratos de licitações públicas.
A Ápia
A delação acontece dentro da Operação Ápia, que fez um ano este mês, com 90 investigados e cerca de 500 indiciamentos.
A Ápia investiga contratos de empréstimos do governo do Tocantins, entre
2012 e 2014, num total de R$ 1,2 bilhão, para 12 obras de pavimentação
pelo Estado.