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06/01/2016 - 14h38m

Dono da menor área de abrangência da fronteira agrícola, governo do Piauí sai na frente e anuncia primeira sede estadual do Matopiba

Norte Agropecuário 
Divulgação
Piauí corresponde a menor parte da área total do Matopiba: são 8 milhões de ha (Tocantins tem 27 milhões de ha)
Piauí corresponde a menor parte da área total do Matopiba: são 8 milhões de ha (Tocantins tem 27 milhões de ha)

Estado com a menor área de abrangência do Matopiba (11% de toda dimensão territorial da chamada nova fronteira agrícola do país), o Piauí sai na frente dos demais no que se refere a criação de uma estrutura estadual para coordenar políticas públicas e de gestão voltadas ao agronegócio e investimentos que serão feitos na região. 

 O governador Wellington Dias anunciou que a sede piauiense do Matopiba será criada no início deste ano em Bom Jesus, município localizado a 603 km de Teresina. "Neste início de ano vamos implantar em Bom Jesus a sede do Matopiba, onde já funciona a sede do Coresa [Consórcio Regional de Saneamento do Sul do Piauí] e também conta com unidade do Instituto de Águas e unidade técnica da Embrapa", disse o governador durante audiência nesta semana com a ministra Kátia Abreu (Agricultura).

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A participação territorial do Piauí dentro da delimitação do Matopiba é de 8 milhões de hectares, distribuídas em quatro microrregiões do sul do estado. O foco produtivo do Estado é voltado para algodão, soja e milho.

Por outro lado, Estados comoTocantins (maior área entre os quatro Estados, com 27.772.052 hectares, ou seja, 38% da divisão territorial) até agora nem ao menos cogitou a medida publicamente. No ano passado, após a oficialização do Matopiba, foi evidenciada apenas a disputa velada entre as cidades de Palmas e Porto Nacional para sediar a Agência de Desenvolvimento do Matopiba, que deverá ficar em Brasília, como anunciou recentemente a ministra Kátia Abreu. 

INVESTIMENTOS 

As articulações de Wellington Dias para a criação de uma sede estadual do Matopiba no Piauí pode até soar para alguns como mais uma estrutura para inchar a máquina pública. Porém, pelas informações divulgadas pelo gestor, trata-se de algo mais: vão desde investimentos em tecnologia e atração de recursos para o Estado. 

Wellington Dias também `comunicou à ministra Kátia Abreu contrato feito com a USP para realização de estudo na área de inovação tecnológica voltada para os pequenos produtores. "A idéia é fazer com que a Embrapa possa permitir as condições de eficiência para garantir maior resultado para o trabalho dos pequenos agricultores com o uso da tecnologia", informou. 

As ações de Wellington Dias também se concentram na busca de investimento. Segundo ele, na reunião foram discutidos os investimentos vinculados ao JICA e GBIC, que são agências de desenvolvimento estatais e empresariais do Japão. "Nos dias 29 de fevereiro e 1º de março teremos uma reunião com o governo Japonês para tratar de áreas importantes como rodovias, pesquisas e investimentos necessários para o desenvolvimento do sul do Piauí", diz.

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