Passando por Arraias, no ultimo dia de folia, redescobri depois de três anos o gosto de participar de uma das festas carnavalesca mais segura e alegre de todas que já participei, aliás, todas as festas de carnaval de Arraias ficaram inesquecível em minha mente.
Com todo respeito que tenho a quem gosta de carnaval noturno, eu prefiro usar e gastar minhas energias em uma festa onde agente se sente seguro ao lado de amigos (a). E isso agente tem nas passarelas do entrudo arraiano, durante todo o dia, onde ao foliões vão cada um com a missão de colaborar para no termino da festa perceber o quanto valeu a pena participar. Ainda mais ao som dos saxofone da Policia Militar de Arraias
Já fui a vários carnavais pelo interior do Tocantins e de Goiás, e até por onde não fui, mais sinceramente, muitos deles não mim deixaram saudades, mesmo porque o carnaval noturno não tem a qualidade e segurança que carece em multidões. Durante do dia todos são bem vistos. Muitos dos carnavais noturnos aparecem pessoas com o espírito de praticar o mal, praticando crimes endiondos, como aconteceu em Aurora com o jovem Cesar Reis, que morreu esfaqueado e em Ponte Alta do Bom Jesus, onde três tiveram seus corpos atingidos por alguns desses elementos que saí de suas casas com a mera vontade de acabar com a alegria de milhares de foliões, que certamente só queria festar e voltar pra casa com a sensação de ter curtido a festa de momo.
Muitos culpam as organizações dos eventos como prefeituras e empresas, mas prefiro culpar os ímpios e os marginais que sai de suas casas premeditando com seus espíritos malignos e as impunidades das leis e do judiciário. As pessoas do crime sabem que se matar, bastar sair do fragrante, voltando a se apresentar logo mais depois das 24 horas e se apresentar ao lado de um advogado e será livre da prisão. Preso fica quem foi para debaixo da terra, derramando lagrimas no rosto e dores embaçadas inconsoláveis no peito de seus familiares e amigos pelas perdas irreparáveis.
Voltando a falar de Entrudo, uma das festas carnavalesca, que, só persiste em Arraias (TO) e Olinda (PE), tradições de mais de 300 anos graças ao espírito de grandeza de seus foliões. E aí prefiro enaltecer a centenária cidade das colinas, onde freqüento a festa de momo diurna há mais de duas décadas, nunca presenciei um derramamento de sangue ou qualquer outra movimentação, que não seja a alegria com o jingle ao som da musica especial "O carnaval chegou, cada arraiano é um folião...", e outro jingle que me encheu de saudades foi a letra em homenagem ao nosso grande amigo carnavalesco Virgenor Florêncio Ramos com a letra "Ai saudade, saudade do Virgenor...". Virgenor, um dos maiores entusiastas do Entrudo Arraiano, era irmão de nossa Delegada Regional de Ensino de Arraias Leila Florêncio Ramos França e teve sua vida ceifada por profissional do crime em Goiânia, quando sua missão como Delegado da DEIC era investigar uma quadrilha de furtos e roubos de veículos. Sua presença completava aquela festa, sua ausência nos enche de saudades, mas nos deixa a certeza de sua presença espiritual durante as festividades, faz a alegria de todos, homens e mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos.
Vale a pena festejar ao lado de gentes com espíritos festivos, que sua única missão e deixar saudades e a certeza de que no próximo ano será ainda melhor, com a participação de mais amigos, numa contribuição do sucesso do carnaval arraiano, que depende de todos nós. Um forte abraços e esperamos nos encontrar no próximo ano, nas mesmas ruas e avenidas, por onde passa o entrudo, estaremos juntos, se assim for a vinte de Deus, pai da alegria, nosso maior aliado e protetor.
O Carnaval de Arraias é organizado pela Associação Amigos do Entrudo e patrocinado pela Prefeitura Municipal de Arraias, empresários e pessoas da comunidades, que durante os quatro dias, serve a tradicional farofada, caldos e bebidas aos foliões. otima oportunidade em que também é o momento ideal para rever os amigos que moram em Palmas, Goiânia, Brasilia e nos diversos canto do Brasil.
Rodrigues di Sousa, é jornalista Profissional e diretor e editor geral do Jornal Tribuna do Interior.