Tribuna do Interior

Tocantins, Sábado, 20 de abril de 2024.
24/02/2018 - 15h01m

Esgoto de hospital municipal é despejado sem tratamento em córrego, diz MPE

G1 Tocantins 
Divulgação

esgoto do Hospital Municipal de Taguatinga, no sudeste do Tocantins, está sendo despejado sem nenhum tipo de tratamento no córrego Salobro, que passa pela região. A informação é do Ministério Público Estadual (MPE), que entrou na Justiça contra a prefeitura da cidade. Segundo a promotoria, o problema contaminou a água do córrego e gera risco de doenças à população.

A Justiça concedeu uma liminar, que significa uma decisão temporária, dando um prazo de 120 dias para que a prefeitura resolva o problema. Ainda cabe recurso à decisão. A ordem é para que seja construído um sistema de captação com filtros, fossa séptica e sumidouro. A multa em caso de descumprimento é de R$ 5 mil por dia.

O MPE informou que acompanha o caso desde 2015 e que já tentou fazer um acordo com a prefeitura, mas não teve resultados. O atual prefeito, Altamirando Zequinha Gonçalves Taguatinga (PV), conhecido como Miranda Taguatinga, foi eleito em junho de 2017 em uma eleição suplementar após o eleito em 2016 ter sido impedido de assumir o cargo.

Na época, Miranda disse que a prioridade da gestão era justamente resolver o problema do hospital e que tentaria fazer um termo de cooperação com o governo estadual. O G1 tentou contato com a prefeitura nesta quarta-feira (7), mas as ligações não foram atendidas.

A região sudeste, onde a cidade fica, é a parte mais seca do Tocantins e sofre com a estiagem quase todos os anos. A captação de água em Taguatinga e outras cidades próximas é feita em pequenas barragens que foram construídas pelo governo do estado nos últimos 10 anos. Os córregos geralmente não são usados para esta finalidade. O principal risco é de contaminação do solo e de animais que passam pela água.

Outros problemas

O maio de 2017 o G1 mostrou que a mesma unidade hospitalar estava há mais de um ano sem o recolhimento de lixo. Nos fundos da unidade se acumularam caixas de material hospitalar como gases e agulhas. Além disso, o material biológico de procedimentos e pequenas cirurgias também não estava sendo descartado. Os problemas foram detectados durante vistoria da Defensoria Pública Estadual no local.

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