Tocantins, Quinta-feira, 25 de abril de 2024.
O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Turismo (Sedetur), reuniu na noite dessa terça-feira, 18, na abertura da Feira de Negócios de Palmas (Fenepalmas 2015), alguns dos principais nomes do setor de logÃstica do PaÃs no seminário Tocantins: A solução logÃstica para o Brasil.
Este encontro, na avaliação do diretor de Desenvolvimento Estratégico e Atrações de Investimentos da Sedetur, Paulo Mendonça, foi uma oportunidade para que os agentes que transformam a logÃstica no Estado, em seus respectivos modais, pudessem explanar uns aos outros e ao público presente o que está sendo feito em suas áreas e, assim, possam trabalhar em sinergia. "Isso possibilita que todos os modais possam contribuir para que os produtos sejam transportados de forma barata, cheguem ao consumidor e aumentem o mercado para o agronegócio tocantinense", apontou o diretor.
O especialista em fomento de novos negócios da VLI LogÃstica, Eduardo Caléia Junger, destacou, em sua palestra, que o aumento da demanda por alimentos no mundo, o crescimento demográfico, a urbanização das populações e seu poder de consumo são fatores determinantes para que o Brasil seja visto como um potencial provedor de alimentos e, consequentemente, eleva a necessidade de promoção do transporte de alimentos aos mercados consumidores. Nesse cenário, o Tocantins surge como resposta ao grande desafio da agricultura, que é o aumento da produtividade no cultivo de grãos, além da produção de carne.
Eduardo Junger citou o expressivo crescimento da produção de grãos no Estado, notadamente milho e soja, que este ano alcançou Ãndice 50% superior em comparação com 2014; a capacidade de integração entre lavoura, pecuária e floresta, sendo o caminho natural e economicamente mais competitivo para se chegar ao Canal do Panamá a partir do porto de São LuÃs, no Maranhão; as vantagens da integração entre os modais de transporte ferroviário, rodoviário e hidroviário; e os investimentos da VLI na construção de terminais de carga e transbordo na Ferrovia Norte-Sul, que já somam R$ 129 milhões em Porto Nacional e R$ 135 milhões em Palmeirante.
O especialista pontuou ainda que a localização e as riquezas naturais do Estado se aliam perfeitamente ao efeito multiplicador do agronegócio, partindo da produção de insumos até o consumidor final e, obviamente, a utilização de meios de transporte rentáveis e eficazes. "Se não fosse um bom negócio, os americanos não seriam os maiores produtores de grãos do mundo", concluiu.
Ecoporto Praia Norte: Hidrovia ligando o Tocantins ao Atlântico
A hidrovia é outro modal de transporte extremamente significativo para a saÃda dos produtos tocantinenses pelos portos do Norte do Brasil a partir do Ecoporto Praia Norte, e também foi tema do seminário, em apresentação feita pela diretora vice-presidente da companhia, Sandra Kramer. "A segurança polÃtica e os baixos Ãndices de criminalidade e violência foram fundamentais para que a empresa se decidisse pela implantação no Tocantins", afirmou.
A diretora também informou que os investimentos somam R$ 28 milhões, que a planta está instalada numa área de 750 mil m², com infraestrutura concluÃda e inÃcio das operações previsto para o ano que vem. Segundo ela, na primeira fase do empreendimento, foram entregues, com apoio do Governo do Estado, portaria, segurança, terraplanagem e a rampa de acesso. A próxima fase da obra inclui rede elétrica, terminal de soja, armazém e terminal de combustÃvel
Complexo aeroportuário de Palmas
"Esse complexo veio para integrar a intermodalidade da logÃstica no Estado, reduzindo o tempo e os custos de transporte, já que tempo é dinheiro". A expressão foi utilizada pelo superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Palmas, Afrânio Souza, em sua palestra sobre o modal de transporte aéreo de cargas, cujo terminal de logÃstica de carga em área alfandegada está instalado no aeroporto da Capital e deverá entrar em operação em breve. "Vamos começar a operar, mas já com vistas à ampliação, prevendo o desenvolvimento do Tocantins", afirmou.
Inovação na armazenagem de distribuição
Formação profissional, adequação e uso das novas tecnologias â?? fatores considerados a "segunda onda da logÃstica" - e o caminho a ser percorrido rumo ao que acontece nos paÃses desenvolvidos como a Alemanha e Holanda, por exemplo, são alguns dos fatores essenciais para a competitividade, segundo o presidente da Associação Brasileira de LogÃstica (Abralog) para a região Centro-Oeste, Ezequiel Gouveia Borges, um dos palestrantes no seminário promovido pela Sedetur.
"O Tocantins pode ser uma futura Holanda no que se refere à logÃstica. Ã? um Estado novo e tem a oportunidade de fazer certo pelo planejamento, desenvolvimento, produção e investimento em infraestrutura", salientou. De acordo com Ezequiel Borges, o grande desafio para que o Estado alcance esse objetivo está baseado em quatro eixos: industrialização, sustentabilidade, inovação tecnológica e planejamento contÃnuo.
