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Tocantins, quarta-feira, 24 de abril de 2024.
13/05/2016 - 07h21m

Movimento Brasil Competitivo fala sobre governança a diretores de hospitais estaduais

Juliana Matos / Governo do Tocantins 
Governo do Tocantins
Musafir esclareceu que a proposta de inclusão da governança como método de aprimoramento de resultados na gestão hospitalar está prevista no Plano de Ação da Saúde
Musafir esclareceu que a proposta de inclusão da governança como método de aprimoramento de resultados na gestão hospitalar está prevista no Plano de Ação da Saúde

Consultores do Movimento Brasil Competitivo, do Grupo Gerdau, realizaram uma apresentação sobre modelo de governança aplicada ao serviço público para diretores dos 19 hospitais do Estado nesta quarta-feira, 11, no auditório da Secretaria de Estado da Saúde, em Palmas.

Cláudio Gastal, presidente executivo do Movimento Brasil Competitivo (MBC), esteve presente à reunião e ressaltou satisfação com a parceria firmada com o Tocantins. "Estamos muito satisfeitos com essa parceria. Sou um cara de gestão, comecei na área de saúde e digo que o que ganha jogo não é o planejamento, é ter capacidade de execução, é ter a disciplina para fazer a execução. Claro que o planejamento é um grande passo porque o planejamento perfeito faz a execução fácil, desde que você tenha disciplina para fazer essa execução", ressaltou Luís Cláudio Gastal.

Em seguida, Luis Fernando Rolim, especialista em Gestão do Movimento Brasil Competitivo (MBC), apresentou proposta para discussão de monitoramento de resultados e aplicação da governança à gestão hospitalar. "A governança é o sistema que vai nos direcionar, dar a diretriz e nos permitir monitorar e alcançar os resultados. Isso gera estratégias e ciclos de gestão. A gente planeja, executa, controla, vê o que pode estar errado, planeja de novo e executa de novo. Isso acontece em ciclos e isso gera um processo de melhoria contínua", completou.

Na ocasião, o secretário de Estado da Saúde, Marcos Musafir, esclareceu que a proposta de inclusão da governança como método de aprimoramento de resultados na gestão hospitalar está prevista no Plano de Ação da Saúde requerido por demanda judicial e que tem como objetivo crucial sanar problemas de abastecimento de hospitais e falhas na assistência à população.

"O MBC não é um prestador de serviço, o MBC tem causa que é em prol da administração pública brasileira. Para nós é muito importante que se tenha casos de sucesso, como já tivemos em vários estados que tem iniciativas que são exemplos, porque é isso que vai mudar a realidade do setor público", completou Cláudio Gastal.

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Para exemplificar e motivar os diretores a identificar perspectivas de oportunidades na rotina de serviços dos hospitais, foi apresentado um projeto de iniciativa de servidores do Hospital Infantil de Palmas (HIP) de gerenciamento de resíduos hospitalares. "Aquele resíduo em casa, que é o resíduo comum, que no hospital é colocado num saco preto, a prefeitura recolhe sem nenhum custo. Entretanto, o resíduo infectante, que é produzido no hospital tem alto custo e não se sabe quanta coisa não é infectante e vai para a lixeira de resíduo infectante e que a gente tem pagado como se o fosse", disse Renata Batista, enfermeira responsável pelas Comissões e Comitês do HIP.

Para alcançar a redução da produção de lixo recolhido como infectante, explica Renata, foi descoberto que cerca de 80% dos gastos com esses resíduos eram desnecessários, como no caso da embalagem de plástico de uma seringa que poderia ir para a lixeira de resíduo comum era descartada junto com o resíduo infectante.

Para solucionar isso, foram previstas medidas de baixo custo que viabilizaram a redução em 50% da produção de lixo encaminhado para o recolhimento de material infectante, cuja coleta custa os cofres públicos do Estado R$ 4,08 por quilo.

Entre as medidas de baixo custo já adotadas para reduzir o impacto deste custo estão a identificação das lixeiras, a sensibilização dos servidores sobre a importância do descarte de lixo adequado, além do mapeamento do tipo de lixo produzido e dos locais onde cada tipo de lixeira é necessária no hospital.

O secretário Marcos Musafir elogiou a iniciativa dos servidores do HIP e mencionou outras ações que também estão sendo executadas pelos demais hospitais e que já apresentaram resultados positivos. "A cada reunião nós aprendemos com nós mesmos, vemos que estamos crescendo, evoluindo e queremos ter resultados. Nós já reduzimos desperdício, fizemos um inventário em todos os almoxarifados e descobrimos que um não tinha e que precisava e de um que tinha e não precisava, e os diretores têm respondido se superando. Então é a população que é beneficiada, queria agradecer à economia, fim do desperdício, também aos superintendentes e diretores dos hospitais", ressaltou.

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