Na Fieto, Vicentinho promete enxugar máquina e conciliar política e técnica na gestão - Tribuna do Interior

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Tocantins, Sexta-feira, 19 de abril de 2024.
19/05/2018 - 11h17m

Na Fieto, Vicentinho promete enxugar máquina e conciliar política e técnica na gestão

Luis Gomes do Portal CT 
Foto: Luís Gomes/CT

A Federação das Indústrias do Tocantins (Fieto) recebeu nesta sexta-feira, 19, o senador Vicentinho Alves (PR), o quarto candidato a governador a apresentar as propostas no "Café com Política". No evento, o nome da coligação "A Vez dos Tocantins" garantiu que enxugará excessos da máquina pública e promete montar uma equipe administrativa que concilie o grupo técnico e o político.

Vicentinho Alves demonstrou preocupação com as contas públicas e destacou a necessidade do governo do Estado "não gastar mais do que arrecada". "Princípio básico de qualquer gestão", acrescentou. Com a crise financeira, o senador defendeu um reordenamento das receitas para garantir o que colocou como "prioridade número um": o cuidado com as pessoas. A saúde foi citada como exemplo. "O recurso existe, mas falta planejamento, foco e eficiência", listou.

Diante do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins (Sisepe), Cleiton Pinheiro, que estava na plateia, Vicentinho Alves afirmou que "sempre respeitou" o funcionalismo e defendeu a implementação de um programa de meritocracia "Não pode um servidor estar na mesma condição do outro que está produzindo mais para o Estado. Vamo valorizar", disse o candidato da coligação "A Vez dos Tocantinenses".

Ainda sobre funcionalismo, o senador Vicentinho Alves defendeu a redução da folha de pagamento tocantinense, mas eximiu alguns cargos da medida. "Não serei governador para exonerar auxiliar de serviços gerais, motoristas. Não se enxuga o Estado pelos mais humildes mais pobres, se enxuga pelos excessos", afirmou.

Vicentinho Alves recebe Carta da Indústria do presidente da Fieto, Roberto Pires (Foto: Luís Gomes/CT)

Também no quesito de gastos excessivos do Poder Público, o senador apresentou  dados do Tocantins em que despesas com locação de aeronaves, passagens, diárias, combustível, consultorias e telefones ultrapassaram R$ 155 milhões no ano passado. "Vejo que dá para enxugar bem o Estado sem reprimir reprimir os humildes e os pobres", reforçou.

Na apresentação, Vicentinho Alves ainda defendeu a desburocratização e a descentralização dos serviços do Poder Público, propôs parceria com o Banco da Amazônia para fomentar projetos para o desenvolvimento econômico. O senador ainda aproveitou para criticar o governador interino, Mauro Carlesse (PHS), adversário do pleito suplementar.

A crítica deve-se ao trâmite da autorização para o Estado contrair empréstimos com a Caixa e Banco do Brasil, agora suspensos judicialmente. "Com todo o respeito a Assembleia Legislativa, mas o presidente atrasou os projetos de financiamento do governo. Não precisava isso", disse em uma parte do discurso.

Ao abrir as perguntas aos presentes, Vicentinho Alves foi questionado se os acordos políticos para formar a coligação não prejudicaria a autonomia da estrutura administrativa do Estado. "Ninguém ganha mandato sem a classe política, quem nos apoiam são pessoas do bem. Vamos juntar pensando na questão técnica, formar nosso governo conciliando a condição política e técnica", respondeu. O senador também revelou que uma das emendas da bancada federal deste ano será destinada a rodovia BR-010.

Ã? imprensa, Vicentinho Alves também falou um pouco sobre a carga tributária do Estado, e indicou possibilidade de redução "Nós queremos é avançar, mas observando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Tudo o que pudermos aliviar de carga tributária, estaremos fazendo um grande bem ao Estado. Gerar mais empregos, prosperidade. Eu serei no governo um braço amigo dos geradores de emprego do Estado". disse.

Vicentinho Alves foi o quarto candidato a participar do "Café com Política". Já foram ouvidos: Carlos Amastha (PSB), Mauro Carlesse (PHS). Na próxima semana estão previstos encontros com a senadora Kátia Abreu (PDT), com o empresário Marcos Sousa (PRTB) e com o procurador da República licenciado Mário Lúcio Avelar (Psol).

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