Se alguém tivesse me contado dez anos atrás que eu iria anunciar no "New York Times" com que idade perdi a virgindade, teria morrido de vergonha.
Quando tinha 20 e poucos anos, só havia duas explicações válidas para ser virgem: você era extremamente religiosa e fez um voto de castidade até se casar ou uma "otária": sem atrativos ou incompetente socialmente para ter sucesso no instinto biológico mais básico.
Eu não era religiosa e sabia que não era "otária", mas mesmo assim me sentia tremendamente envergonhada do fato de não ser sexualmente ativa.
Não que tivesse medo ou nojo do sexo. Como a maioria das pessoas que conhecia, falava sobre sexo constantemente. Na hora de conversar, eu era bacana, flertava, tinha coragem. Já em particular, minha vida sexual praticamente não existia e não inteiramente por minha própria escolha. Em um mundo ideal, teria perdido a virgindade nos dois primeiros anos da faculdade, mas a oportunidade certa nunca se apresentou.
Queria fazer sexo, mas queria que fosse com alguém que amasse ou, pelo menos, com alguém de quem gostasse e confiasse o suficiente para esperar que nosso relacionamento durasse mais um mês ou dois depois que realizássemos a façanha.