Presidente do Partido Social Cristão no Brasil, o pastor Everaldo Pereira prestigiou o evento de lançamento da pré-candidatura do vereador João Campos (PSC) à Prefeitura de Palmas, em evento que também contou com a presença do polêmico deputado federal Jair Bolsonaro (PSC). Em entrevista ao CT, o lÃder polÃtico criticou a maneira dos protestos contra o pré-candidato à presidência da República da sigla e disse que seguirá apoiando o governo interino de Michel Temer (PMDB), apesar das recentes denúncias contra os peemedebistas. "Ã?ltima palavra é da Justiça", justifica.
Durante o evento, Everaldo Pereira foi breve em seu pronunciamento, querendo passar rapidamente a palavra para Jair Bolsonaro. No discurso, o pastor brincou sobre o calor da Capital do Tocantins, mas defendeu que o Rio de Janeiro é mais quente. Em seguida, o presidente sondou o deputado estadual Eli Borges (Pros), que compôs a mesa, dizendo que o parlamentar está no Partido Republicano da Ordem Social (Pros) "por um acidente" e garantiu: "Se vier para o PSC, passa a ser pré-candidato ao Senado Federal".
Foto: Divulgação/Ascom Osires Damaso |
Presidente da AL, Osires Damaso, Pastor Everaldo e Jair Bolsonaro prestigiam evento do PSC |
Projetos do PSC
O principal assunto tratado em sua fala foi a privatização de empresas e voltou a defender o procedimento para a Petrobras. "Se não houvesse estatal, não ia ter esta promiscuidade que tem. Simples assim. Por isso o PSC defende o Estado mÃnimo", declarou.
Everaldo Pereira também comentou sobre o projeto do Partido Social Cristão para a presidência da República. "Ã? um processo natural do partido. Em 2014 resolvemos que nós terÃamos que ser uma alternativa para o PaÃs. O partidos que estavam disputando não representavam aquilo que acreditamos que é o melhor para o PaÃs", disse o presidente da sigla, que justificou a indicação do polêmico Bolsonaro. "Acreditamos que 2018 vai se agravar mais ainda esta situação de moralidade, de pessoas comprometidas com a ética pública, então entendemos que o nome do Jair Bolsonaro vai preencher esta lacuna que tem hoje na polÃtica brasileira."
CrÃticas à s manifestações
Questionado sobre os protestos frequentes contra o deputado federal Jair Bolsonaro, a exemplo do que aconteceu na Assembleia Legislativa pouco antes do evento, Everaldo Pereira disse que o Partido Social Cristão reage com "naturalidade" aos questionamentos, por entender que os atos são "da democracia". Entretanto, o pastor foi bastante crÃtico quanto a maneira em que os grupos contrários ao pré-candidato se manifestam.
"Então entendemos que isso é natural, as pessoas tem que se manifestar, só que lamentavelmente estas pessoas são verdadeiros intolerantes, preconceituosos. Elas não discutem. Jamais vamos fazer isso, agressões como eles fazem, cuspir na cara do outro. Essas pessoas não tem preparo, conteúdo; não tem hombridade, a dignidade de discutir as ideias. Vamos colocar as coisas e quem tiver a melhor ideia, a melhor proposta, o povo vai dizer que sim ou não", disse pastor Everaldo ao CT.
O presidente do PSC disse respeitar o posicionamento de cada um e citou até ter empregados gays e espÃritas no partido, mas exaltou os valores da Igreja. "Eu sou um pastor e jamais vou abrir mão daquilo que eu acredito. A prática do homossexualismo para mim é pecado, mas a pessoa é um cidadão, paga imposto e é um profissional. Não posso fazer discriminação das pessoas. Agora, não sou obrigado a concordar com a prática dela. Cada um tem sua maneira de agir e nós temos que respeitar. E a democracia permite estas discussões", afirmou Everaldo, sem antes voltar a criticar os protestos. "Esse pessoal da esquerda não tolera alguém contrário, fica nessas manifestações agressivas, fazendo invasões, quebra-quebra de patrimônio privado e público", complemento.
Governo Temer
Sobre as recentes revelações da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Everaldo Pereira comentou que o novo cenário não interfere no posicionamento do partido. "�ltima palavra é da Justiça. Quem cometeu erro, roubou, que pague pelo preço do que fez. Estamos lá apoiando o presidente Michel Temer. Tudo o que for preciso que não represente aumento de imposto para o povo, nós estaremos juntos para poder ajudar a fazer esta transição para eliminar de vez este governo nefasto que eu ajudei", se limitou a dizer o presidente do PSC, citando os casos de Rafael Peres Borges e do deputado federal Gilberto Nascimento (PSC), que foram acusados de atos de corrupção, mas inocentados posteriormente.