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Tocantins, Quinta-feira, 25 de abril de 2024.
09/05/2017 - 12h43m

Petistas terão que entregar cargos ao governo Marcelo Miranda até 6 de junho

Do Portal CT 
Foto: Dicom AL/Divulgação
Zé Roberto, presidente eleito do PT: " Com bastante antecedência quero que todos os petistas saibam nossa ação"
Zé Roberto, presidente eleito do PT: " Com bastante antecedência quero que todos os petistas saibam nossa ação"

Os petistas com cargos no governo Marcelo Miranda (PMDB) devem pedir demissão até o dia 6 de junho. A orientação do Partido dos Trabalhadores é resultado da resolução aprovada no congresso estadual deste último fim de semana - sábado, 6, domingo, 7 - que elegeu o deputado José Roberto como presidente da legenda no Tocantins. A ida da sigla à oposição já tinha sido adiantada pelo parlamentar ao CT em abril, após o resultado do processo do Processo de Eleição Direta (PED), responsável por garantir o maior número de delegados.

Em conversa com o CT, o novo presidente da agremiação disse que a decisão de sair da base do Palácio Araguaia foi apoiada por 80% dos congressistas. "Que é a instância máxima", reforçou. Para o deputado, O impacto nos quadros do governo do Estado não será significativo. "Nós temos poucos cargos", admitiu Zé Roberto. No primeiro escalão, o partido possui apenas a secretária de Cidadania e Justiça, Gleidy Braga. Por outro lado, a bancada petista na Assembleia Legislativa conta com três cadeiras: Paulo Mourão (PT), Amália Santana (PT) e o próprio dirigente.

Eleito, Zé Roberto só deve tomar posse como presidente estadual após o Congresso Nacional do Partido dos Trabalhadores, que acontece nos dias 1º, 2 e 3 de junho. Entretanto, o deputado estadual adiantou que o se trabalho à frente da legenda terá foco em três pilares de organização: partidária, referente a filiações e diretórios; de finanças; e de formação política, referente a capacitação dos petistas para o debate público. "Precisamos que o partido e os filiados estejam preparado para o embate", afirmou.

Organização do Partido dos Trabalhadores será um dos principais objetivos de Zé Roberto à frente da presidência. O deputado estadual quer começar desde já o debate sobre alianças e projeto de governo para o pleito do ano que vem. "A nossa proposta foi amplamente vitoriosa. Tão logo tenha nosso congresso nacional, já queremos fazer encontro estadual do PT que já vai decidir nossa tática para 2018. Com bastante antecedência quero que todos os petistas saibam nossa ação", afirmou.

Exceto a postura com o governo do Estado, já deliberada no congresso, a relação da legenda com demais as demais linhas partidárias só será definida após este evento estadual que Zé Roberto pretende fazer depois do Congresso Nacional. "Não conversarei com nenhuma força política enquanto não fizermos o encontro", avisa o deputado. Em relação ao Palácio Araguaia, o novo presidente disse que a sigla "não tem nenhum motivo" para apoiar "desde quando participou do golpe", resumiu, referindo-se ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No Parlamento, Zé Roberto contou com apoio de Paulo Mourão, que já foi líder do Palácio Araguaia e vem demonstrando insatisfação com o governo Marcelo Miranda. Por sua vez, Amália Santana, que ficou o candidato Domingo Santos, da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB), apoiaria a permanência do partido da base. Em relação à postura da colega, o novo presidente disse que não teve tempo de conversar, mas adianta que uma reunião da bancada deve acontecer para alinhar o discurso na Assembleia Legislativa. O CT tentou contato com a deputada, mas não obteve sucesso
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