Em meio à crise polÃtica, o PMDB convocou uma Convenção Nacional para 27
de setembro visando voltar a adotar o antigo nome: Movimento
Democrático Brasileiro (MDB), sigla que vigorou de 1966 a 1979 durante a
ditadura militar.
O presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), há algum tempo
defende a mudança de nome como uma forma de modernizar a legenda, sem
referência a partidos polÃticos, o que espera que resulte em dividendos
eleitorais.
"Estamos resgatando a nossa memória histórica e estamos retirando o
último resquÃcio da ditadura dentro do PMDB", justificou. Jucá explicou
que a inclusão do "P", que significa partido, foi uma determinação do
regime militar .
"Movimento é algo muito mais consentâneo. A gente quer ganhar as ruas,
vamos ter uma nova programação , novas bandeiras nacionais e bandeiras
regionais", disse, após acrescentar que um ofÃcio sobre a mudança de
nome será enviado nesta quarta-feira, 16, ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE).
Ame-o ou Deixe-o
Romero Jucá rebateu as crÃticas de alguns parlamentares de que o PMDB se
tornou o partido do ame-o ou deixe-o, frase usada dentro a ditadura.
"Eu acho que o partido é plural, discute ideias contraditórias". Para o
senador, o problema é o estilo agressivo de alguns parlamentares. "Isso
não vamos admitir", avisou.
Parlamentares punidos
Além de suspender por 60 dias das funções partidárias deputados
peemedebistas que votaram a favor da denúncia da Procuradoria-Geral da
República contra o presidente Michel Temer, a Executiva do PMDB levou
adiante pedidos de expulsão dos senadores Roberto Requião (PR) e Kátia
Abreu (TO). Três requerimentos sobre o assunto foram encaminhados Ã
Comissão de �tica da legenda, que ainda não emitiu parecer.
Um dos pedidos partiu da Secretaria Nacional da Juventude do PMDB,
presidida por Assis Filho. No documento, ele diz que os dois senadores
desrespeitaram o estatuto da sigla ao adotar "posições sempre contrárias
às diretrizes partidárias".