Tribuna do Interior

Tocantins, Sábado, 20 de abril de 2024.
22/10/2017 - 14h10m

Por vitoria de 29 votos a a 10, Kátia Abreu é reeleita na Faet

Cleber Toledo Do Portal CT 
Foto: Carlos Furtado/Divulgação
Senadora Kátia Abreu com a direitoria da Faet eleita nesta sexta-feira para mais um mandato
Senadora Kátia Abreu com a direitoria da Faet eleita nesta sexta-feira para mais um mandato

A senadora Kátia Abreu foi reeleita para mais um mandato no comando da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faet). Ela venceu o produtor rural Nasser Iunes por 29 votos a 10, com 1 abstenção. A parlamentar comanda a Faet desde 1996, tendo ficado de fora em apenas um mandato nesse período. "Foi uma vitória esmagadora, esperada", comemorou Kátia, logo após o resultado.

Para ela, a vitória expressiva ocorreu porque a categoria reconhece que seu trabalho é "bem feito". Kátia estava licenciada da presidência da federação desde que assumiu o Ministério da Agricultura no governo Dilma Rousseff (PT), em 2015. A adesão ao governo do PT gerou críticas do agronegócio nacional à senadora. Ela chegou a ser impedida de reassumir a presidência da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), com a insatisfação do setor. Num evento que reuniu ruralistas de todo o País no senado há alguns meses, Kátia foi fortemente vaiada.

Mesmo com o impeachment da petista em maio do ano passado, ela permaneceu afastada da presidência da Faet, até maio deste ano, quando, repentinamente, reassumiu a entidade. Nos bastidores, o que se dizia era que a senadora voltou ao comando quando descobriu que seu vice, Paulo Carneiro, estava fazendo campanha para consolidar sua candidatura.

A oposição já se movimentava nessa época, mas sem entendimento. Depois de muita articulação decidiu-se pela candidatura de Nasser Iunes, mas com o grupo ainda não todo homogêneo. O discurso era de que a Faet precisava voltar a ser "a casa do produtor" e deixar de ser um aparelho partidário.

Calote
A reta final da campanha foi marcada por um momento de tensão, quando veio a público que a Faet, sob o comando da senadora, foi condenada por dar um calote de R$ 3 milhões (valor atualizado) na empresa Santa Izabel Construtora e Terraplanagem, em 1996 e 1997, os dois primeiros anos de mandato de Kátia na Faet.

Nesta sexta-feira, 20, o jornalista Gerônimo Cardoso publicou nas redes sociais que acusados de fraudar os cheques da Faet para a construtora e descontar os valores também foram beneficiados na polêmica doação de terras de Campos Lindos, no governo Siqueira Campos (sem partido), em que Kátia, outros aliados e amigos do ex-governador também foram contemplados.

No início da semana o agora candidato derrotado a presidente da Faet Nasser Iunes emitiu nota em que mostrou preocupação com a decisão da Justiça. "A entidade não tem reservas suficientes para arcar com a decisão e corre o risco de ver seu patrimônio executado. Isto vai refletir na diminuição de repasses aos sindicatos e inviabilização de seu funcionamento", afirmou no nota.

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