Tribuna do Interior

Tocantins, Terça-feira, 16 de abril de 2024.
08/09/2015 - 10h00m

Presidente da Fieto, Roberto Pires, destaca necessidade de crescimento

 
foto Ademir dos Anjos
Presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires
Presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (Fieto), Roberto Pires, abriu o Encontro Estadual da Indústria realizado nesta terça ?? feira, 1, no auditório da OAB em Palmas, fazendo uma análise da crise econômica no país. Pires destacou o esforço dos empresários diante das turbulências constantes e cada vez mais cruéis. "No Brasil é muito difícil ser investidor, empreendedor, empregador. Quem investe aqui gosta mesmo de desafios. E talvez seja isso, no fim das contas, que somos todos nós, industriários. Pessoas que se lançam em busca da realização dos nossos projetos", declarou.

Voltado aos empresários da indústria, o evento abordou os desafios do setor industrial no Tocantins e no Brasil em tempos de ajuste. O Encontro permitiu aos participantes a melhor compreensão desse momento que o Brasil atravessa e qual a melhor forma de superar os obstáculos.??  Nesse contexto, foi apresentada a Carta da Indústria do Tocantins 2015 com as considerações da Fieto por um país melhor. O documento menciona seis itens com diretrizes e valores rumo a moralidade e ao desenvolvimento econômico duradouro. Entre eles, a necessidade da construção de um modelo sócio econômico e o estabelecimento de programas alinhados com o novo cenário que virá pós-crise. A carta é assinada pelos 11 sindicatos que filiados ao Sistema Fieto.

Após a divulgação do posicionamento da indústria, dois renomados analistas falaram das perspectivas econômicas. O primeiro deles, foi Arnaldo Jabor, cineasta e comentarista da TV Globo. Ele falou dos principais fatores que travam o crescimento do Brasil e explicou que a corrupção é vista ao longo da história como uma espécie de pecado e, sendo assim, se tornou culturalmente tolerável, atrapalhando qualquer projeto. "A corrupção é um dos vícios tradicionais do brasileiro", lamentou.

Logo em seguida, Gustavo Loyola, que já presidiu o Banco Central duas vezes e foi escolhido como "economista do ano" em 2014 pela ordem dos economistas do Brasil, iniciou a palestra com análise do cenário internacional nos Estados Unidos, Europa e Ásia. No Brasil, Loyola entende que a gestão da presidente Dilma Rousseff propõe um "governo fraco" devido à falta de capital político e a crise de confiança, com índices muito baixos significa que o empresário não investe e o consumidor não consome.

Na avaliação do economista a retomada de crescimento depende da reconstrução do "tripé macroeconômico" com adoção de nova política fiscal, monetária e cambial. "A recuperação só vira em 2016 e será moderada com crescimento de 2,6% na economia", concluiu Loyola ressaltando a importância das reformas e todas as esferas.

No final do evento, os palestrantes responderam perguntas dos participantes. "Achei o Encontro da Indústria desse ano muito importante para entendermos melhor o que está acontecendo com o nosso país", elogiou o empresário Oswaldo Stival, conselheiro do Sistema Fieto e presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas do Tocantins (Sindicarnes).
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