Araguatins, municÃpio localizado a 600 km de Palmas, na região do Bico do Papagaio, é considerado maior produtor de melancia da região, com uma produção de quase duas mil toneladas do fruto. A cultura movimenta a economia gerando cerca de R$ 2 milhões por safra, ofertando em média 150 empregos diretos, além de vários empregos indiretos. O plantio vai de março a julho e a colheita de junho a outubro. Essa produção faz parte de uma área assistida pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), com cerca de 50 hectares.
A região, que em 2005 produzia aproximadamente oito toneladas por hectares saltou para mais de 35 t/ha em 2015.
De acordo com o extensionista Felismino Filho, para alavancar a produção na região, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) promoveu capacitações, demonstrações práticas, dias de campo e aplicação de tecnologias como: conservação de solo; uso de sementes selecionadas e altamente produtivas; utilização de irrigação; aplicação de fertilizantes via irrigação e outros tratos culturais. "Araguatins conta com 35 produtores, sendo hoje o maior produtor da fruta na região do Bico do Papagaio", frisou o extensionista.
Segundo o extensionista, a produção é comercializada em Araguatins e nos municÃpios circunvizinhos, além dos Estados do Pará e Maranhão. "Para impulsionar o escoamento, os agricultores conseguem comercializar também nos programas governamentais como: Compra Direta Local da Agricultura Familiar e Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O valor do quilo do fruto está sendo comercializado na região entre R$ 0,85 a Rudo,10", finalizou Felismino Filho.
DOAÃ?Ã?O
No sentido de colaborar com o escoamento da produção, o Ruraltins adquiriu, por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), mais de 19 mil quilos de melancias dos agricultores de Araguatins, para serem entregues, nesta segunda-feira, 31, a dez aldeias da etnia Apinajé, localizadas no municÃpio de Tocantinópolis. Os alimentos serão destinados à s escolas e a população indÃgena, público prioritário do programa, beneficiando cerca de 2.100 pessoas.
De acordo com o servidor do Instituto, em Araguatins, Gracion de Andrade, a doação para as aldeias é devido a escassez de alimentos nesse perÃodo da seca, como também é uma forma de regular o mercado. "Para evitar a perda do produto que à s vezes não é absorvido na sua totalidade, o PAA compra o excedente da agricultura familiar e destina à s pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, aonde for necessário", acrescentou.
PAA
Criado em 2003 pelo governo federal, o Programa de Aquisição de Alimentos, tem como finalidade minimizar a pobreza no Brasil e fortalecer a agricultura familiar. Para participar o agricultor precisa estar cadastrado e entregar, regularmente, seu produto, até o limite permitido que hoje é de R$ 6,5 mil/ano, por agricultor.
Neste ano o Governo do Estado estima contemplar 1000 entidades e 170 mil pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. A previsão é aplicar no total, R$ 21,5 milhões na compra de produtos. (com informações do Ruraltins).