Tribuna do Interior

Tocantins, Quinta-feira, 28 de março de 2024.
25/09/2015 - 19h01m

Professores da UFT decidem manter greve que já dura 4 meses e prejudica milhares de alunos no Estado

Do Portal CT 
Divulgação
A categoria optou por continuar com o movimento com o resultado de 153 votos a favor e 123 contra,
A categoria optou por continuar com o movimento com o resultado de 153 votos a favor e 123 contra,

Os professores da Universidade Federal do Tocantins (UFT), durante reunião na manhã desta sexta-feira, 25, decidiram manter a  greve iniciada no final de maio. Em votação nessa quinta-feira, 24, a categoria optou por continuar com o movimento com o resultado de 153 votos a favor e 123 contra, em assembleias realizadas nos campi de Palmas, Araguaína, Gurupi, Tocantinópolis, Miracema, Porto Nacional e Arraias.

De acordo com o membro do Comando de Greve, Marcelo Leineker, agora o movimento, que é nacional, irá rever a pauta de negociações com o governo federal, que até agora se mostrou inflexível em relação às reivindicações, e definir os novos rumos do movimento.

Em carta aberta aos docentes e servidores técnico-administrativos grevistas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), centros acadêmicos (CA) de 11 cursos questionaram sobre os prejuízos causados pelas constantes mobilizações da categoria. Conforme o documento, em quatro anos a instituição enfrentou cerca de 300 dias de paralisação.

Os alunos dos centros acadêmicos afirmam no documento que a Universidade Federal do Tocantins já tinha de três a quatro meses de atraso no calendário acadêmico, com a greve atual o prejuízo cresceu para oito meses. 

Diante dos prejuízos os alunos questionam o movimento dos docentes e servidores. "Temos plena ciência de que os maiores responsáveis por todo o transtorno instaurado na educação pública estão na esfera governamental, mas acreditamos que dentro de todo este processo a responsabilidade precisa ser parcelada entre todos os atores envolvidos quando o consenso não é atingido após 110 dias de paralisação", discorre a carta.

Na carta, os centros acadêmicos demonstram preocupação na reposição das aulas, com os prejuízos causados na sociedade e com a evasão de alunos. "Acreditamos fortemente que muitos de nossos colegas deixaram de estudar na UFT em decorrência do clima de instabilidade constante, que reduz as oportunidades de ocupação em vagas de emprego e estágio, e acaba com qualquer planejamento quanto às formaturas", afirmam.

Assinaram a carta aberta representantes dos centros acadêmicos de Engenharia Civil, Rafael Amaral; de Medicina, Thais Gontijo; Engenharia Ambiental, Alef Diniz; Ciência da Computação, Wandro Beckman Maciel; Enfermagem, Gilmara Reis; Engenharia de Alimentos, Júlia Leal; Ciências Contábeis, Fernando Rodrigues; Filosofia, Thassio Paz; Administração, Marina Moreira; Pedagogia, Silvia Soares; e Ciências Econômicas.

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