Uma das atividades laborais desenvolvidas pelos internos da Cadeia Pública de Palmerópolis, administrada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju), é a produção de artesanatos. Nesse fim de ano, os reeducandos decidiram colaborar com os estudantes da Escola Municipal Elda Silva Barros da região e realizaram a doação de artesanatos para os alunos realizarem um bazar. Os materiais, produzidos pelos próprios apenados, serão revendidos nesta quarta-feira, 20, na Feira Municipal da cidade.
Os artesanatos doados foram produzidos por nove reeducandos que desenvolvem a atividade laboral na unidade prisional. O dinheiro arrecadado pelos alunos irá contribuir com a realização da festa anual da escola. O reeducando, S.F.S., de 37 anos, doou alguns de seus artesanatos, motivado a ajudar as crianças da comunidade. "Fiquei muito emocionado de participar dessa ação e contribuir com as crianças. Se pudermos ajudar cada vez mais, estaremos à disposição. Além disso, também recebemos a remição de pena com a confecção das peças", conta.
O diretor da unidade prisional, Hélio Soares, ressalta que a ação proporciona benefícios para os estudantes do município e contribui na reinserção social dos reeducandos da unidade. "Essa ação auxilia na ressocialização dos apenados, pois mantém o contato deles com a sociedade, gerando interação. Professores e alunos que vieram buscar os artesanatos conversaram com eles, perguntaram como eles fazem os artesanatos, como eles imaginam voltar para sociedade, entre outras", relatou.
De acordo com o diretor da unidade, a produção dos artesanatos é realizada de forma contínua pelos reeducandos da unidade, pois é uma das atividades laborais que permite a remição de pena pelo trabalho. "A produção dos artesanatos ocorre constantemente e os reeducandos recebem a remição de pena por trabalho pelos materiais produzidos", explicou.
Entre os artesanatos doados, estão cestas, casas de brinquedo e porta-retratos produzidos com palitos de picolé, além de tapetes em crochê e porta-joias.
*Estagiária sob supervisão da jornalista Jaqueline Moraes