A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) não vai mais cortar os pontos dos professores que aderiram à greve. A informação foi confirmada na manhã desta terça-feira, 1º, pela comunicação da pasta. O desconto nos vencimentos dos servidores foi regulado por decisão liminar do desembargador Marco Villas Boas proferida no dia 10 de agosto.
De acordo com Secretaria da Educação, o recuo no corte de pontos foi resultado de uma negociação com os professores. Como haverá reposição das aulas, a pasta entende que os alunos não terão prejuízo e por isso decidiu voltar atrás na decisão de descontar os vencimentos dos servidores.
Anteriormente, a pasta tinha anunciado que já realizava o corte de pontos dos servidores. As faltas seriam contabilizadas a partir do dia 10 de agosto e os vencimentos seriam descontados na próxima folha de pagamento.
Sintet
Apesar de a Seduc falar em negociação com os professores, o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet), José Roque
Santiago, negou qualquer diálogo com a pasta depois que a greve foi suspensa. O
representante garantiu que o primeiro contato com o Executivo será em reunião
marcada para quinta-feira, 3.
O líder sindical avaliou que o corte de pontos anunciado pelo governo era uma "forma de pressão" e aprovou o recuo do governo do Estado "Para nós é interessante porque não prejudica as pessoas, que tem seus compromissos", disse. Entretanto, José Roque Santiago destacou que ainda é necessário debater com a Secretaria da Educação o calendário e outras pautas da categoria.
Antes de o governo anunciar a suspensão do corte de pontos, o Sintet já tinha avisado que iria reagir à qualquer desconto nos vencimentos, tendo indicado a não reposição das aulas e até a volta do movimento grevista.