Os animais mortos pelo incêndio que atingiu ao menos oito fazendas em Carmolândia, norte do estado, foram recolhidos por tratores, nesta segunda-feira (18).
A cena emocionou produtores e vaqueiros da região. Cerca de mil animais, entre gado, cavalos e burros, morreram. Os que sobreviveram estão debilitados. Profissionais e estudantes de zootecnia fazem o que podem para a recuperação deles.
(Veja o vÃdeo)
Um dos
profissionais que ajudam nos trabalhos é o zootecnista Victor Luis
Bittar. Ele disse que o gado sobrevivente está sendo levado para outra
área. "Primeiramente
a hidratação, soro, desintoxicação desses animais porque inalaram muita
fumaça. Infelizmente alguns animais já perderam cascos.
Então fica difÃcil ele se locomover para outra área. A gente está deslocando esses animais de trator para um lugar mais tranquilo, na sombra e fazer o possÃvel até o final", disse.No local, o que se vê é um mar de cinzas em pleno cerrado.
Em meio ao cenário de devastação, é possÃvel encontrar casos de animais queimados.
O fogo começou na manhã do último sábado (16).
O Corpo de Bombeiros não deu uma estimativa do tamanho da área destruÃda durante o fim de semana. "Ã? fogo demais e não tem muita gente para ajudar", lamentou o auxiliar de serviços gerais José Carlos Alves.
Mas o socorro dos Bombeiros só chegou cerca de 24 horas depois. "O incêndio tomou essa proporção gigantesca. Os demais em que nós estivemos combatendo também poderiam ter tomando uma dimensão até maior.
Então nós estamos nessa situação. Temos inúmeras chamadas e não temos condições de atender todas simultaneamente", explicou o comandante do Corpo de Bombeiros de AraguaÃna, major Ciro Guimarães Filho.
Apesar de
não existir uma legislação especÃfica para este tipo de situação, a
preocupação do Naturatins agora é com o descarte adequado dos animais
mortos.
"Não existe uma normativa especÃfica para esses casos porque não envolve problemas sanitários de doenças.
O que ocorreu foi a morte devido ao fogo. Então a gente indica só o enterro desses animais procurando utilizar áreas afastadas de corpos hÃdricos e dos lençóis freáticos", disse o gerente do Naturatins em AraguaÃna, Rodrigo Broges.
Mesmo com
todas as dificuldades enfrentadas por quem vive no campo, como o
vaqueiro Francisco Ferreira, esta cena não era de se esperar. "Fazer o que, já aconteceu. Agora é pedir a Deus. Ã? difÃcil. Fico muito emocionado. Quantos não vão perder o emprego por causa disso. O que nÃs vamos fazer?", disse emocionado.
Fonte: G1