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09/03/2017 - 08h40m

Unidades móveis fazem atendimentos em alusão ao dia 8 de Março

Governo do Tocantins 
Tom Lima/Governo do Tocantins
As unidades móveis são centros de referência itinerantes, que levam atendimentos individuais para mulheres
As unidades móveis são centros de referência itinerantes, que levam atendimentos individuais para mulheres
  • De junho de 2015 até agora, as unidades já passaram por cerca de 100 municípios de Norte a Sul do Tocantins

Uma ação conjunta das diretorias de Políticas para Mulheres e de Direitos Humanos da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça (Seciju) levará, neste mês de março, as Unidades Móveis para Atendimento às Mulheres do Campo, da Floresta e das Águas em municípios do interior do Tocantins. As atividades ocorrerão das 8 às 17 horas no dia 10, em Divinópolis; no dia 17, em Tocantínia; no dia 24, em Natividade; e no dia 31, em Arraias. As unidades móveis fazem parte de uma ação contínua que ocorre regularmente nas comunidades ribeirinhas, quilombolas, indígenas, rurais e de difícil acesso.

A programação das unidades, desta vez em alusão ao dia 8 de Março, contará com rodas de conversa sobre Direitos Humanos, palestras sobre violência contra a mulher, sobre a Lei Maria da Penha, sobre saúde feminina e aposentadoria, além de oficinas de artesanato. Em Divinópolis, a equipe multidisciplinar da Gerência sobre Drogas da Seciju também fará uma palestra sobre drogas e testes simples de HIV e sífilis.

As unidades móveis são centros de referência itinerantes, que levam atendimentos individuais com defensoras públicas, advogadas, assistentes sociais e psicólogas, além de rodas de conversas, muita orientação sobre os direitos das mulheres e oficinas de inclusão produtiva para aquelas em situação de violência.

De acordo com a diretora de Política para Mulheres, Ana Maria Guedes, por morar no interior, geralmente as mulheres têm mais dificuldade de acesso à informação e defesa contra a violência, sendo, muitas vezes, expostas a situações de violência sem conseguir enxergar outro meio de viver, ou por medo de passar fome e não ter como criar os filhos por falta de dinheiro.

De junho de 2015 até agora, as unidades já passaram por cerca de 100 municípios de norte a sul do Tocantins e atenderam mais de 1.500 mulheres em situação de violência, seja física, sexual, moral, psicológica, patrimonial, entre outras. Atualmente, em média, 50 mulheres recebem atendimento em cada comunidade e, às vezes, é até mais. "? perceptível uma diferença no atendimento, sobre uma abertura maior tanto das mulheres como de toda a comunidade em receber essa política", lembrou a diretora.

A diretora Ana Maria também reforça essa percepção na mudança de comportamento das mulheres. "No início, já houve caso de passar por uma comunidade e dar atendimento individual para apenas uma mulher. Hoje, algumas voltam para tirar dúvidas, estão perguntando mais, se abrindo mais. ? um processo de mudança que chega à comunidade e toda mudança causa incômodo, até entenderem o quanto aquilo pode significar para o desenvolvimento local", comemorou.

Serviços

A programação em cada comunidade inclui orientações jurídicas, oficinas de artesanatos e incentivo à geração de renda, rodas de conversa sobre direitos da mulher e palestra sobre a Lei Maria da Penha e saúde. Simultâneo à programação, o atendimento individual é disponibilizado em um espaço fechado e seguro dentro da unidade móvel.

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