A União dos Vereadores do Estado do Tocantins (Uvet) manifestou apoio à paralisação geral das prefeituras, que acontece na segunda-feira, 28, até 2 de outubro, como forma de protestar contra a queda e o atraso de repasses federais e estaduais. O presidente da entidade e vereador de Tocantinópolis, Elson Ribeiro (PPS), destacou que a crise financeira também atinge as Câmaras Municipais.
"Quando as receitas dos municípios caem, o repasse para as Câmaras também é afetado", afirmou Elson Ribeiro, ao enfatizar que o Poder Legislativo tem o dever de seguir o manifesto dos executivos municipais. "A Uvet é sensível a causa dos prefeitos e da ATM", acrescentou. A manifestação é encabeçada pela Associação Tocantinense de Municípios (ATM).
Ainda segundo Elson Ribeiro, o arrocho financeiro dos municípios
dificulta a execução de serviços à população. "Nessa situação
complicada, os vereadores são os primeiros a receberem as reclamações
dos munícipes", enfatizou.
O protesto consiste em paralisar todos os serviços a partir de
segunda-feira, respeitando aqueles de caráter essencial, e durante toda a
semana, as pastas administrativas não funcionarão. De acordo com a
entidade, de 85% das cidades tocantinenses já aderiram ao protesto. A
intenção é que todos os prefeitos participem do movimento.
"Nós queremos sensibilizar os governos federal, estadual sobre o
repasse aos municípios e mostrar para a população a situação crítica, a
falência financeira das prefeituras. A crise nos afeta diretamente",
disse o presidente da ATM, João Emídio, destacando que a mobilização
será mais direcionada à União, por causa da "gritante" queda do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM), que é responsável pela maior parte
da receita das cidades tocantinenses.